Câmpus VII: startup do curso de Administração é reconhecida com certificado global de Inovação Tecnológica

Com pouco mais de dois anos de atuação, o Centro de Incubação Empresarial da Paraíba, também batizado de Incubadora de Negócios Inovadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), obteve uma relevante conquista. A startup “Sustentup”, desenvolvida pelo estudante Sávio Nunes Alves, do curso de Administração, do Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas (CCEA) foi reconhecida com certificado global de Inovação Tecnológica.

CEO e fundador da “Sustentup”, o jovem lidera a equipe responsável pela plataforma “Ecocycle”, uma proposta inovadora voltada à sustentabilidade e combate ao desperdício de alimentos. A startup criada por Sávio foi uma das 11 selecionadas para receber o certificado global de Inovação Tecnológica, após passar pelo rigoroso processo de avaliação do Acelera-I, programa promovido pela UEPB, em parceria com a Fundação Wadhwani.

De acordo com Sávio Nunes Alves, o projeto se destacou por seu compromisso com práticas sustentáveis e soluções inteligentes para o setor alimentício, com foco na economia circular. “Essa conquista foi resultado de um longo caminho. Trabalhei por um ano e cinco meses no desenvolvimento do modelo de negócio até estar preparado para o edital. Ver a ‘Sustentup’ receber um selo internacional de inovação é a certeza de que estamos no caminho certo”, compartilha Sávio.

A equipe da “Sustentup” conta ainda com Pedro Victor Cardoso Figueiredo, como Chief Operating Officer (COO), e Davi Henrique Cardoso de Oliveira Filho, como Chief Innovation Advisor (CIA), somando forças em diferentes áreas estratégicas para impulsionar a plataforma Ecocycle.

O coordenador de Empreendedorismo da Coordenadoria de Inovação Tecnológica (Inovatec), professor Josemir Moura Maia, destacou a persistência de Sávio e enfatizou que essa conquista mostra o potencial do Centro de Incubação Empresarial da Paraíba, que é a incubadora de negócios inovadores da UEPB que foi consolidada em 2023. A Incubadora está atuando desde 2024 com programa de pré-aceleração, utilizando a metodologia de pré-aceleração chamada IGNITE, que é oferecida pela Fundação Aduane, e é uma fundação internacional que aplica essa metodologia em mais de 20 países, com sede nos Estados Unidos, no Vale do Silício

Na UEPB, conforme explicou o professor Josemir, essa metodologia é aplicada com o nome de Acelera-I, Programa de Aceleração de Ideias Inovadoras. Ela é aplicada como um programa de pré-aceleração que tem como objetivo preparar startups para participarem do processo de incubação da Universidade ou de ser encaminhada para outros programas de incubação ou aceleração no país. A segunda turma do programa foi finalizada em 2024, onde Sávio participou formando a startup que está sendo alojada em Patos e está continuando a sua jornada de desenvolvimento.

“No programa de pré-aceleração todos as startups entram como uma ideia e saem com um plano de negócio. E aí o destaque de Sávio em relação a isso é que ele está dando seguimento a essa startup. Ele acabou de receber o certificado, assim como todas as outras startups receberam, o certificado internacional. Ele está conduzindo e dando continuidade à jornada, construindo esse negócio inovador”, explicou o professor.

O Acelera-I foi lançado com o objetivo de fomentar ideias inovadoras desenvolvidas por estudantes, professores(as), empreendedores(as) e empresas. Das dezenas de propostas submetidas ao edital, apenas 29 startups foram selecionadas para o ciclo de aceleração. Durante seis meses, essas equipes participaram de mentorias com especialistas de diversas partes do Brasil, refinando cada aspecto de seus planos de negócio, que foram avaliados por critérios técnicos em quatro etapas, com notas que variavam até cinco estrelas.

Em 2025, a startup entra na fase de incubação empresarial e se prepara para uma nova etapa: apresentar a Ecocycle em diversos eventos pelo Brasil, com o objetivo de atrair investimentos e parcerias que possibilitem a expansão da solução. O professor Josemir reafirmou que a história da “Sustentup” é um reflexo do potencial inovador que brota nas universidades públicas, e um exemplo inspirador de como dedicação, propósito e visão podem transformar ideias em projetos com impacto real na sociedade.

Texto: Severino Lopes
Foto: Divulgação (Arquivo Pessoal)