Tecnologia desenvolvida na UEPB é reconhecida pela Senacon, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por detectar metanol em bebidas alcoólica

5 de dezembro de 2025

Canudo desenvolvido pela equipe de pesquisadores da UEPB para detectar a presença de metanol.

O kit colorimétrico portátil, popularmente apelidado de canudo, e instrumental baseado em espectroscopia de infravermelho para detecção rápida e qualitativa de metanol em bebidas alcoólicas, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), foi reconhecido em documento da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A Nota Técnica nº 14/2025/CGEMM/DPDC/SENACON/MJ, da Coordenação-Geral de Estudos e Monitoramento de Mercado do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, reconhece a tecnologia como método científico eficiente para a detecção de metanol, em decorrência “do episódio sanitário registrado na segunda metade de 2025, quando a circulação de bebidas destiladas adulteradas com metanol –substância altamente tóxica e potencialmente letal –  revelou fragilidades nos mecanismos de controle”, destacou o documento.

Da esquerda para a direita: Osny da Silva Filho, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (Ministério da Justiça); professora Nadja Oliveira, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da UEPB; e Paulo Henrique Rodrigues Pereira, da Secretaria Nacional do Consumidor, em Brasília.

De acordo com a professora Nadja Maria Oliveira, pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da UEPB, o documento emitido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública é importante, pois “traz o reconhecimento da pesquisa e das tecnologias desenvolvidas pela UEPB para detecção de toxidade em bebidas destiladas, quando o próprio Ministério, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, recomenda nossos métodos de testagem; mais uma vez, o que produzimos na instituição tem respaldo e reconhecimento de órgãos competentes em âmbito nacional”.

Para a pró-reitoria, o reconhecimento da tecnologia vem antes mesmo da publicação da nota técnica. “Nós participamos de várias reuniões técnicas remotas com a equipe do projeto e a Senacon, bem como estivemos em Brasília discutindo a importância da publicação da nota técnica e contribuímos para sua redação”, enfatizou.

O professor Railson de Oliveira Ramos, Departamento de Química, um dos responsáveis pela pesquisa destaca que “dentre as preconizações, o Ministério da Justiça destaca quais são os kits de análise nacionais mais recomendados para detecção de bebidas adulteradas por metanol, nas quais duas tecnologias da UEPB são destaque: teste instrumental baseado em espectroscopia NIR [Infravermelho Próximo, na sigla em inglês] e kit de análise colorimétrica para campo”, pontuou.

Ainda conforme Ramos, que também docente do Programa de Pós-graduação em Química, “a sinalização do Ministério, destacando as tecnologias da UEPB como entre as recomendadas em nível nacional destaca o papel da pesquisa de excelência que é desenvolvida por nossa instituição, mas também nossa capacidade de transferência de tecnologia e de desenvolvimento de produtos prontos para serem inseridos no mercado”.

Além do professor Railson de Oliveira Ramos e da professora Nadja Oliveira, a equipe de desenvolvimento conta com os professores José Félix de Brito Neto, Sara Regina Ribeiro Carneiro de Barros, Simone da Silva Simões, Simone Silva dos Santos Lopes, David Fernandes e Maria da Conceição de Menezes Torres, assim como com os discentes Anna Lívia Guimarães da Silva Alves, Lara Eduarda de Lima da Silva e Marcelo Bento da Silva.

 

Zélio Sales

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