UEPB inaugura laboratórios e entrega estrutura interdisciplinar de pesquisa e pós-graduação

UEPB inaugura laboratórios e entrega estrutura interdisciplinar de pesquisa e pós-graduação
25 de abril de 2025

Foi inaugurado na manhã desta sexta-feira (25) os três novos laboratórios da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no Câmpus I, em Campina Grande, dedicados à pesquisa científica e tecnológica. Uma área física criada para permitir o desenvolvimento integrado e interdisciplinar das atividades de pesquisa e pós-graduação da Instituição.

O Centro foi originado e aparelhado a partir de editais da Secretaria de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia (SEIRHMACT) e da Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia (SEECT), ambas vinculadas à Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). Dentre tantas possibilidades, o prédio vem para oferecer infraestrutura computacional de alto desempenho para a realização de pesquisas em áreas como estatística aplicada, inteligência artificial, aprendizado de máquina e geoprocessamento.

Compuseram a mesa da solenidade de inauguração a reitora Celia Regina Diniz; a vice-reitora, Ivonildes Fonseca; o vice-governador do Estado da Paraíba, Lucas Ribeiro; a pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa, Nadja Oliveira; o coordenador do LabMulti, professor Ricardo Alves de Olinda; a coordenadora de Programas e Projetos da Fapesq, Patrícia Costa; o diretor do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), José Ethan de Lucena; e o coordenador de Tecnologia da Informação da Polícia Militar da Paraíba, tenente-coronel Pantaleão.

Os novos espaços fazem parte da Central de Laboratório Multiusuário (LABMULTI) e reúnem os Laboratórios de Análise Preditiva, Data Science e Geoprocessamento; o Centro de Desenvolvimento Regional: Núcleo de Saúde Pública, Analytics e Análise Espacial; e o Centro de Desenvolvimento Regional: Laboratório de Segurança Pública, Desenvolvimento Regional e Operações Estratégicas.

LabMulti e suas possibilidades
De acordo com a reitora Celia Regina, a inauguração do equipamento não foi fácil, pois precisava de muitas reformulações estruturais. “Pouco a pouco, estamos preenchendo este espaço para o fortalecimento da pesquisa, do ensino, da extensão e da inovação na nossa Universidade”. Ela ressaltou que este é o resultado de esforços possíveis entre a UEPB, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Fapesq e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), e que, agora, dará oportunidades a docentes, estudantes, técnicos e técnicas, de desenvolverem pesquisas que contribuirão na solução de problemas da sociedade, principalmente em relação aos desenvolvimentos regional, econômico, social e humano.

A relevância desta cadeia de colaboradores também é mencionada pelo professor Ricardo Alves, para o qual o engajamento entre parceiros e pesquisadores de várias instituições, do Brasil e de países circunvizinhos, só trará benefícios em prol do desenvolvimento de projetos focados no bem-estar da sociedade. “As instituições são parceiras não apenas na construção, na edificação do LabMulti, mas também para projetos futuros, de pesquisas em conjunto, e no envolvimento de alunos de outras instituições”, ressaltou.

Representando o presidente da Fapesq, Rangel Junior, que não pôde estar presente, Patrícia Costa mencionou o repasse de cerca de R$ 550 mil que a Fundação direcionou ao LabMulti, por meio de dois editais de criação de centros multiusuários, específicos para a UEPB. “A Fapesq vem contribuindo com infraestrutura, tecnologia e equipamentos, consolidando o desenvolvimento desses centros, minimizando os problemas de pós-graduação, bem como auxiliando na distribuição das coisas que nele estão sendo desenvolvidas”, explicou.

Para o vice-governador, Lucas Ribeiro, o laboratório representa um impacto social, com potencial de grande contribuição para a sociedade. Ele destacou que, como os recursos públicos precisam ser investidos com precisão, iniciativas como esta são tão importantes, para dar um suporte à sociedade, para que sirvam às pessoas e tragam inovações que mudem a realidade do povo.

A Polícia Militar também será uma das parceiras na atuação do laboratório e, juntos, poderão trabalhar em pesquisas dentro da Segurança Pública, conforme destaca o Tenente Coronel Pantaleão. “Uma vez que o mundo acadêmico possui recursos para fazer pesquisas, a PM teria os dados para poder, por exemplo, treinar máquinas e uma inteligência artificial e oferecer não só novos procedimentos, mas identificar, acompanhar, saber onde empregar seu pessoal efetivo, entender alguns comportamentos no âmbito criminal, estatísticos, inclusive”, disse.

Texto: Giuliana Rodrigues
Fotos: Paizinha Lemos