7ª edição do Festival Internacional de Música de Campina segue até o dia 16 de julho com apoio da UEPB
Nem bem se apagaram os fogos d’O Maior São João do Mundo, entra em cena a música de concerto na Rainha da Borborema. Agora, a sanfona, a zabumba e o triângulo dão lugar ao piano, ao violino e ao trompete. Trata-se do 7º Festival Internacional de Música de Campina Grande (Fimus), que começou no dia 11 e segue até o próximo sábado (16). O evento é realizado graças a uma parceria entre a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB). Todos os concertos ocorrem gratuitamente.
Conforme a Comissão Organizadora, gradualmente o Fimus ocupa um lugar de destaque no cenário dos festivais realizados no Brasil, no mês de julho. Este ano, o evento recebeu mais de 200 inscrições. Foram selecionados alunos do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Além dos concertos, como é de costume, o Festival ofertará cursos com professores especialistas, brasileiros e estrangeiros. Nesse sentido, haverá preleções de Canto, Técnica Vocal, Regência Coral, Composição, Piano, Trompete, Violão, Violino, Violoncelo, Flauta Doce e Flauta Transversa, no bloco BW, da UFCG, e no Teatro Municipal.
Os grupos selecionados, mediante um concorrido edital, foram o Camerata de Violões da UFRN (Natal-RN), Duo Sarabandy (Salvador-BA), TecSax (Maceió-AL), Granduo Brasil (Recife-PE), Parambuco (João Pessoa-PB), Sexteto Tabajara (João Pessoa-PB), Duo Abdalla (São Paulo-SP), Continuum Trio de Violões (Campina Grande-PB) e Madrigal Ars Femina (Campina Grande-PB). Além desses, haverá a Orquestra da Universidade Federal do Cariri, sob a regência do maestro Marco Antônio Silva, que será um dos grupos residentes do VII FIMUS. O Iamaká, oriundo de João Pessoa, também virá especialmente para apresentar o espetáculo Stella Splendes, um oratório profano do compositor Eli-Eri Moura. Já o encerramento ficará por conta do grupo Canto Andino, que exibirá a Misa Criolla, de Ariel Ramirez, escrita com base nos ritmos da música latino-americana.
A exemplo dos anos anteriores, o Fimus prima por um corpo docente renomado, conhecido dos melhores palcos do mundo. No evento estará Marília Vargas (Canto/Suíça – Brasil); Januibe Tejera (Composição/ França); Rosângela de Lima (Flauta Doce/França); Lucas Robatto (Flauta Transversa/Brasil); Rosângela Sebba (Piano/EUA); Ângelo Fernandes (Técnica Vocal e Regência Coral/Brasil); Alan Siebert e Nairam Simões (Trompete/EUA); Marcelo Fernandes (Violão/Brasil); Fredi Gerling (Violino/Brasil); Kayami Satomi (Violoncelo/Brasil).
Para o pró-reitor de Cultura da UEPB, professor Chico Pereira, é uma alegria para a Instituição apoiar o Festival desde o início. “O Fimus se consolida e se revigora anualmente. Já vai se tornando uma referência quando se fala em festivais de música erudita. A cidade, reconhecida e festejada por suas expressões da cultura popular, que, aliás, têm um forte incentivo da UEPB, através da sua Pró-Reitoria de Cultura (Procult), é adornada com mais um matiz artístico, desta feita, advindo dos cânones da música clássica. Assim, completa-se o arco das manifestações artísticas apoiadas pela UEPB”, destacou o pró-reitor. Chico Pereira acrescentou que a contribuição da Universidade se coloca como um motivo de júbilo, mas também como uma obrigação, dado o compromisso da UEPB no que se relaciona à extensão cultural, âmbito em que a Procult se insere e tem colaborado.
Prêmio Radegundis Feitosa e aspecto social do Fimus
O homenageado desta sétima edição com o Prêmio Radegundis Feitosa, outorgado pela UEPB, é o compositor Antônio José Madureira, fundador do Quinteto Armorial e também do Núcleo de Extensão Cultural da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus II, em 1978. O local foi uma espécie de vetor da cena artística na cidade, onde toda a trajetória musical erudita e acadêmica teve início em Campina Grande. Antônio José Madureira receberá a láurea no dia 16, quando do encerramento do Fimus.
A Comissão Organizadora afirmou que o aspecto social continua sendo a característica mais marcante do Festival, posto que todos os concertos são gratuitos e cerca de 85% dos estudantes participantes, bolsistas e isentos da taxa de inscrição.
Mais sobre a programação
No que se refere à programação, o Teatro Municipal abrigará duas séries de concertos: à tarde, sempre às 16h, terá a Série Jovens Talentos; à noite, a partir das 20h, se dará a série Palco Principal. Uma novidade este ano é que o Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Campus Campina Grande, receberá o Fimus pela primeira vez. O espetáculo ocorrerá nos dias 12, 13 e 14, às 10h. Já em Areia, os espetáculos terão como receptáculo a Igreja Matriz, às 19h. Em Pocinhos, na Igreja homônima, as exibições se darão nos dias 12, 13 e 14, às 19h.
Esta edição do Fimus também se fará presente em comunidades rurais. O evento estará no Sítio Gravatá Açu e nos bairros São Judas Tadeu e Lagoa do Mato, todos na zona rural de Remígio, no período vespertino. À noite, a cidade também receberá uma apresentação na Igreja Nossa Senhora do Patrocínio.
A Comissão Organizadora informa que nos concertos da noite, no Teatro Municipal, será necessário retirar um convite na bilheteria, todos os dias, a partir das 17h. Outras informações podem ser obtidas por meio da página eletrônica do evento em www.fimus.art.br ou pelos telefones (83) 2101.1553 e 2101-1455.