Canto coral traz saúde para o corpo e a mente, diz professor do Centro Artístico-Cultural da UEPB

26 de setembro de 2016

site
Afirma o ditado popular que quem canta os males espanta. A máxima tem muitos adeptos, incluindo o professor Erivelton da Cunha, do Centro Artístico Cultural (CAC) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). À frente do curso de Iniciação ao Canto Coral, o professor garante que a música é capaz de trazer muitos benefícios para o corpo e a mente.
Para Erivelton, é a mistura da inserção social com a música que traz vantagens ao cotidiano dos estudantes, traduzindo-se em leveza para encarar a rotina. “Os exercícios vocais e de respiração, por exemplo, são conhecidos por auxiliarem contra a ansiedade e a sensação de solidão, males muito comuns atualmente. Aqui eles fazem amigos e se sentem em família”, apontou.
“Além disso, é um ambiente suave, propício a fazer amizades, não existe competição, porque é o desempenho de todos em uma só voz o que conta e isso também é um fator importante para aproximar mais a turma. É quase como uma terapia musical”, ressaltou.
A turma de Canto Coral do CAC conta em média com 30 alunos, com uma ampla faixa etária, que percorre dos 14 aos 70 anos. De acordo com o professor, no Centro Artístico eles aprendem noções básicas de teoria musical, leitura de partitura, técnicas de canto, respiração e aquecimento vocal, entre outros conteúdos.
Erivelton explanou que o repertório trabalhado em sala de aula é eclético percorrendo desde o clássico, com canto gregoriano e música sacra, por exemplo, até o canto regional e músicas que ele mesmo compõe. Os estudantes também costumam levar os temas que desejam cantar, sugerindo canções atuais e antigas, conforme acrescentou.
site2

“Cantar faz bem a alma”
A aposentada Áurea Veloso da Fonseca, que tem 65 anos e mora no bairro da Prata, canta há 16 anos. Ela também faz parte da Universidade Aberta à Maturidade (UAMA) da UEPB. “Comecei a cantar na igreja e não parei mais. Eu acredito que cantar faz bem a alma, traz alegria… É o que acontece comigo quando estou nas aulas”, contou. As amigas Célia Maria Souza Moraes, 55, e Vera Lúcia Dionísio, 62, ambas residentes nas Malvinas concordam com ela. Célia e Vera começaram juntas no curso e estão nele desde que o projeto foi iniciado.
Os efeitos positivos do canto são relatados unanimemente pelos alunos e, além deste, há outro ponto em que eles se afinam: um dos momentos mais aguardados refere-se às apresentações em público. “É a ocasião em que é mostrado o quanto estudamos e ensaiamos. A relação com a plateia e o modo como ela reage é um incentivo para cada um”, disse Eliane Alves Freitas Ângelo, 59, residente no bairro da Liberdade. Ela é funcionária da UEPB há 12 anos e há dois faz parte do curso de Canto Coral da Instituição.
O professor e técnico em enfermagem Severino Ramos Ferreira, 27, que mora no Sítio Estreito, participa desde o início da atividade, na segunda turma. Ele contou que leva tão a sério o curso que inclusive já foi convidado a dar uma oficina de canto. “Gosto muito dos amigos que fiz aqui e do nosso professor, que é muito atencioso”, enfatizou.
O grupo já se apresentou no Presídio do Serrotão, na Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), em igrejas evangélicas e católicas, em festas de padroeira, e na UEPB, em várias oportunidades.