PROCULT apoia lançamento do livro “Ubuntu: Educação, Alteridade e Relações Étnico-Raciais”
Neste sábado (10), a partir das 10h, no Mini Teatro Paulo Pontes, em Campina Grande, ocorrerá o lançamento do livro “Ubuntu: Educação, Alteridade e Relações Étnico-Raciais”. A obra é uma coletânea organizada por Ariosvalber de Souza Oliveira, Maria Aparecida dos Reis, Moisés Alves da Silva e Gervácio Batista Aranha. O evento é apoiado pela Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e tem entrada franca. Participarão dele, com apresentações culturais, a cantora Adília Uchôa, o cantor Jataí Albuquerque e o violonista Jeilson Morais.
Conforme os organizadores, o livro se configura como um espaço valioso de integração entre movimento social e universidade. “Trata-se de uma obra capitaneada pelo Movimento Negro de Campina Grande em parceria com acadêmicos de universidades públicas e pesquisadores da temática. As determinações e orientações para o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena trouxeram uma série de desafios para os profissionais da educação no Brasil, especialmente no que se refere às questões voltadas para as relações étnico-raciais. No entanto, o ensino direcionado para elas está longe de ser satisfatório. Sendo assim, este espaço foi pensado carinhosamente como subsídio didático para profissionais da educação básica, estudantes de cursos de licenciaturas e demais interessados no tema”, explicam na apresentação.
A obra compreende os artigos Literatura e Afrodescendência em Lima Barreto ou do antirracismo entre o conto e o romance; A Poesia afro-brasileira em sala de aula: Breves reflexões e apontamentos; Juventudes (inter) conectadas: Refletindo as relações étnico-raciais no Facebook; Repensando a figura indígena na contemporaneidade: Apropriações e resistência online através do “site índio educa”; A morte e os rituais fúnebres dos tapuias: Uma escolha na práxis docente; Representações cartográficas e teorias geográficas como violência simbólica contra a África.
E ainda: Para além de Gilberto Freyre e a “Democracia Racial”: Manuel Querino e o pensamento negro no Brasil; Mulheres negras livres na Paraíba Oitocentista: Família, sociabilidades e ensino de História; Negro e Quilombola, um diálogo entre a (auto) interdição da identidade negra e a (alter) identidade quilombola à luz da memória-discurso; O uso do cachimbo faz a boca torta: Laivos de racismo na escrita de Monteiro Lobato; Mantendo vínculos, rememorando o passado: Resistência, tradição e memória africana na brincadeira do Maracatu; Èsù-Elegbara, Legba no Universo Religioso Africano: Princípio de Ordem e Desordem na Cosmovisão Africana; Mulheres negras em movimento, Carolina Maria de Jesus e Tia Ciata: Rompendo preconceitos e quebrando tabus num Brasil excludente.
Os autores de “Ubuntu: Educação, Alteridade e Relações Étnico-Raciais” são Ariosvalber de Souza Oliveira, Cristiane Maria Nepomuceno, Elisabeth Barros Nascimento Siqueira, Gervácio Batista Aranha, Gisleandra Barros de Freitas, João Marcos da Silva Leitão, Joelma Maria Bento de Araújo, José Benjamim Montenegro, José Pereira de Souza Júnior, Josemir Camilo de Melo, Luís Tomás Domingos, Maria Aparecida dos Reis, Moisés Alves da Silva, Paulo Sérgio Cunha Farias, Solange Pereira da Rocha e Viviane Kate Pereira Ramos.
Sobre os organizadores
Ariosvalber de Souza Oliveira é mestre em História pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), especialista em História e Cultura Afro-Brasileira pela UEPB e integrante do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabí-UEPB). Também faz parte do Movimento Negro de Campina Grande. É professor formador da Especialização em Educação para as Relações Étnico-Raciais (UFCG-SECADI-RENAFOR) e produtor do documentário Negra Morte Morte Negra.
Maria Aparecida dos Reis é licenciada em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa pela UEPB, e especialista em Educação para as Relações Étnico-Raciais pela UFCG. Leciona na rede municipal de ensino do Estado da Paraíba e também atua na área de revisão de textos.
Moisés Alves da Silva é graduado em Jornalismo pela UEPB, especialista em Educação para as Relações Étnico-Raciais (UFCG) e membro dos conselhos Municipal de Educação de Campina Grande e Estadual de Promoção da Igualdade Racial. É coordenador do Movimento Negro de Campina Grande e ministra palestras, oficinas e minicursos no campo da História e Cultura Afro-Brasileira. Também é produtor do documentário Negra Morte Morte Negra.
Gervácio Batista Aranha é doutor em História Social pela Universidade de Campinas (Unicamp). Atualmente é professor retide da UFCG. Tem experiência no ensino universitário na área de Teoria e Metodologia da História, atuando na graduação e na pós-graduação em História.
Serviço
O quê: Lançamento do livro “Ubuntu: Educação, Alteridade e Relações Étnico-Raciais”.
Quando: 10 de dezembro de 2016
Hora: 10h
Onde: Mini Teatro Paulo Pontes, à Av. Mal. Floriano Peixoto, S/N – Centro, em Campina Grande.
Entrada: Gratuita