MAPP promove lançamento do livro “Cantoria: Regras e Estilos” do poeta, músico e escritor Bráulio Tavares
Na próxima terça-feira (20), a partir das 18h30, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) contará com a presença de Bráulio Tavares. Na ocasião, o escritor lançará o livro “Cantoria: Regras e Estilos” e conversará com o público sobre repente. A obra é o primeiro volume da trilogia “Arte e Ciência da Cantoria de Viola”. O lançamento contará ainda com a participação do jovem repentista Felipe Batista, que cantará um romance.
Este trabalho é uma versão ampliada de um folheto, de mesmo título, publicado em 1979, durante a Viagem dos Poetas ao Brasil, excursão organizada pelo apologista da cantoria, Giuseppe Baccaro. O livro se divide em três capítulos: “A Cantoria e o Cantador”, “Os estilos da Cantoria” e “O Mote e a Glosa”. Na avaliação de Bráulio, seu trabalho se destina a quem goste de poesia. “Não precisa ser poeta, crítico literário ou estudioso da poesia para se interessar por este livro, mas ser uma pessoa que se interesse pelo fenômeno da poesia improvisada e as formas que essa poesia improvisada tem no Nordeste”, avalia.
Os estilos analisados por Bráulio neste livro são os mesmos descritos na publicação de 1979. “Não atualizei porque se eu fizesse isso não iria parar de atualizar nunca”, diz Bráulio, que atesta haver uma frequente modificação nos estilos cantadores pelos repentistas.
Nos anos 1970, Bráulio Tavares integrou a equipe que, junto com a Associação de Repentistas e Poetas Nordestinos, organizou os primeiros Congressos Nacionais de Violeiros, em Campina Grande. É desse tempo boa parte do material recolhido que serviu de base para esta obra. “O livro não tem muitos versos originais, cito muito os outros autores. Mas de vez em quando transcrevo estrofes ou trechos de baiões das fitas que gravei e comento”, informou.
Músico, poeta, compositor e cantor, Bráulio Tavares é co-autor do clássico “Nordeste Independente”, feito em parceria com o repentista Ivanildo Vila Nova, trabalho feito em mote e glosa, que posteriormente foi gravado por Elba Ramalho.
Texto: Astier Basílio
Foto: Divulgação