Segunda etapa do Encontro de Sanfoneiros e Tocadores de Fole de Oito Baixos é realizada em Lagoa Seca
Na última sexta-feira (24), houve na cidade de Lagoa Seca (PB) a segunda etapa do Encontro de Sanfoneiros e Tocadores de Fole de Oito Baixos. Efetivado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), por meio da Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da Instituição, o Encontro ocorreu em dois momentos, abrangendo o Campus II e o Centro de Formação Elizabeth e João Pedro Teixeira.
A programação foi oficialmente aberta com a apresentação dos emboladores de coco Fredi Guimarães e Canário do Império. Em seguida, no auditório do Campus II, cada sanfoneiro fez um pequeno espetáculo com seu instrumento e falou um pouco sobre a sua vida e experiências artísticas. Nesta etapa do Encontro, 16 sanfoneiros se inscreveram, sendo que a plateia ultrapassou 100 pessoas.
Após o almoço servido aos participantes, deu-se sequência ao segundo momento, tendo como sede o Centro de Formação Elizabeth e João Pedro Teixeira. Lá ocorreu uma aula da qual participaram Luizinho Calixto e seu irmão, João Calixto, além de Edglei Miguel, Erivelton da Cunha, Sandrinho Dupan, Erivan Ferreira e Agnaldo Barbosa. Marcada pela informalidade e descontração, a preleção abordou temas como instruções, afinação, técnicas e história, entre outros conteúdos, numa conversa que envolveu todo o público presente.
A segunda etapa do evento também contou com a participação do pró-reitor de Cultura, José Cristóvão de Andrade, do pró-reitor adjunto, José Benjamim Pereira Filho e do diretor do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA), Suenildo Jósemo Costa Oliveira. No Centro de Formação, o Encontro recebeu total apoio da coordenadora do local, Dilei Schiochet. No Campus II, a iniciativa teve como coordenadores Shirleyde Santos, Socorro Duarte e Mário Sérgio.
Um dos destaques entre os participantes desta segunda etapa foi o sanfoneiro Manuel Tambor, de 89 anos, oriundo de Esperança. Bastante conhecido e festejado na cidade, Manuel, que inclusive foi homenageado no desfile de Sete de Setembro do município, em 2011, explicou que aprendeu a tocar aos 12 anos. Atualmente, devido ao peso, prefere o fole de oito baixos à sanfona comum. Animado, Manuel falou da profissão com orgulho e de como, através dela, conheceu vários lugares e pessoas. “Já toquei por todo canto na Paraíba, conheço o Estado inteiro, e também em outras regiões como Rio Grande do Norte e Ceará”, disse.
Fotos: Uirá Agra