Projeto da Biblioteca Átila Almeida coloca obras raras do acervo em exposição para acesso público

1 de setembro de 2017

Esta iniciativa considera que não basta salvaguardar raridades, mas sim a necessidade de divulgar certas especificidades que compõem as prateleiras da biblioteca. Desta forma, a intenção é expor ao público as riquezas culturais, visando ampliar o campo de investigação de pesquisadores ou possibilitar a exploração das peculiaridades do item escolhido.
E o item inicial escolhido foi a primeira edição da revista Veja, datada de 11 de setembro de 1968, que trouxe como manchete a reportagem “O grande duelo no mundo comunista”. A edição estará disponível a partir do dia 4 de setembro na íntegra, evidenciando o convite para a leitura, para a crítica e para o sonho ambicioso de revisitar a história do Brasil.
A primeira edição da revista Veja evidenciava a produção e a circulação de discursos que materializavam as formas de pensar, agir e comportar-se daquele período, tornando-se um profícuo repositório para compreender a cultura, a política, a história, o fazer jornalístico e os discursos que disputam por espaço e legitimidade.
Primeiras edições de periódicos consagrados também passam pelo mesmo crivo de valoração, sobretudo quando se trata de um dos maiores periódicos de circulação nacional, com quase 50 anos de história. A obra é um clássico, segundo grande parte dos bibliófilos que dizem que essa extraordinariedade pode ser pelo fato de uma edição inaugural ser a primeira aparição ao público leitor, pela escolha original do papel, da encadernação, da tipografia, pela importância cultural intrínseca à vida da obra em si.
Os interessados em conhecer de perto esse projeto podem se dirigir à Biblioteca de Obras Raras Átila Almeida, instalada no 1º andar do prédio da Administração Central, no Câmpus de Bodocongó, das 8h às 17h. A entrada é franca.
 
Texto: Givaldo Cavalcanti