Museu de Arte Popular da Paraíba sedia lançamento do livro “Rabo de Cutia”, de João Damasco

11 de dezembro de 2017

Na próxima quarta-feira (13), às 19h, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, sediará o lançamento do livro “Rabo de Cutia”, de João Damasco. É a estreia do autor na Literatura e a publicação aborda, em 76 poemas, temas diversificados. A entrada é franca.
“Rabo de Cutia” tem seus escritos distribuídos em quatro seções: Desencontros, Caminhos, Encontros e Horas Varridas. De acordo com o autor, há poemas de reminiscências pessoais, surgidos da observação de fatos e de circunstâncias da vida, alguns positivos, outros nem tanto, refletidos ao longo dos anos e trabalhados e expressos poeticamente. Na seção Caminhos, em particular, ele aponta que a maioria dos poemas é marcada pela transtextualidade. “Inspiram-se na própria Literatura enquanto homenageiam alguns autores”, enfatizou.
O título do livro é oriundo do ditado popular “Quem conta história de dia cria rabo de cutia”. “Essa era a resposta de minha mãe quando a aperreávamos para contar histórias o dia todo. Vendo depois uma cutia num zoológico, compreendi a verdade/mentira deliciosa dessa e de outras invenções do povo. E essa mentira tem a ver com a poesia, não é? Meu livro tem alguns poemas ou alguns versos de inspiração folclórica”, explicou.
Hoje muito se fala na diferença de perfil entre quem faz os cursos de Humanas e quem opta pelos de Exatas, como se quem escolhesse um, fatalmente excluísse o outro, mas, para João, que é professor aposentado do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e também fez graduação em Letras na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), as duas formações foram igualmente significativas e trouxeram prazer.
“A Engenharia Elétrica teve seu tempo. Foi a profissão que exerci, como professor. À Literatura, que me fascinou desde sempre, passei a me dedicar plenamente depois de aposentado. Procurei cursar uma disciplina específica de Teoria Literária já com o intuito de aprender um pouco e botar os pés no chão quanto a ler melhor e quiçá disciplinar meus textos. A identificação foi total. Hoje, entendo-me mais como uma pessoa da Literatura. O primeiro livro sai tardiamente, por conta, sobretudo, da dedicação profissional anterior à Engenharia. No entanto, também podemos entender ‘tardiamente’ como poemas de uma vida que encontraram seu momento de vir à luz”, assinalou.
Mais sobre o autor
João Damasco Mangueira Braga nasceu em Cajazeiras (PB), em 13 de dezembro de 1948. Lá viveu até os 12 anos de idade, fazendo os dois primeiros anos do antigo Ginasial no Colégio Padre Rolim. Em 1960, a família mudou-se para Campina Grande. Estudou no Colégio Pio XI.
Na UFPB fez Engenharia Elétrica [graduação e mestrado]. Seria, mais tarde, coordenador do curso por vários anos. Análise de Circuitos era sua disciplina predileta e dela foi professor para muitas centenas de alunos. Como professor visitante da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por dois anos e meio, entre 1979 e 1981, trabalhou na implantação do curso de Engenharia Elétrica daquela instituição. Também fez especialização em Informática pela UFPB.
Após a aposentadoria, graduou-se em Letras pela UFCG. “Desde muito cedo gostei de ler e de escrever. Na adolescência produzi alguns arremedos de poemas, que descartei como publicáveis. Nos anos de Engenharia também, tendo, contudo, algumas daquelas produções se mostrado embrionárias de poemas de agora”, finalizou.
Serviço
O quê: Lançamento do livro “Rabo de Cutia”, de João Damasco.
Quando: Quarta-feira (13/12/17)
Hora: 19h
Onde: Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), às Margens do Açude Velho, em Campina
Grande.
Entrada: Gratuita
Outras informações: (83) 3310-9738
Foto: Talitta Uchôa