Museu de Arte Popular da Paraíba recebeu mais de 27 mil visitantes durante o ano de 2017
O Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) segue sendo uma unidade museológica em plena ascensão em Campina Grande. Em 2017, o MAPP atingiu a marca de 27.388 visitantes, sendo que o número se refere aos assinantes do livro de visitas. A margem de não assinantes é de 10% do total.
Integraram esse universo, turistas nacionais e estrangeiros, professores, estudantes, moradores da Rainha da Borborema e de áreas circunvizinhas. Como de costume, o mês de junho, devido às festividades promovidas no Maior São João do Mundo, acumulou a maior visitação do período, com 9.533 visitantes. No que se relaciona apenas às visitações de pessoas oriundas de outros países, foram contabilizadas 197 de locais diversos, a exemplo de Angola, Alemanha, Argélia, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Guatemala, Holanda, Índia, Inglaterra, Irlanda, Rússia e Israel.
Durante o ano de 2017, 153 escolas públicas e particulares estiveram no Museu, atestando assim a importância dos projetos pedagógicos desenvolvidos no MAPP por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), coordenados pela professora Cássia Lobão, junto aos bolsistas que atuam na monitoria. Selecionados através de entrevistas, os estudantes integram a expertise do MAPP e progressivamente descobrem vocações, a partir de novos interesses e informações, e que resultam em uma vivência acadêmica mais abrangente, ensejando possibilidades variadas no campo museal.
Ainda no que trata das visitas das instituições de ensino, os dados dizem respeito àquelas que foram agendadas, pois muitas ocorrem sem prévia notificação. Quando agendados anteriormente, os grupos escolares podem realizar visitas mediadas pelos monitores, que contextualizam cada exposição do Museu com vasto conteúdo.
Este ano, o MAPP ganhou novas exposições nos seus três “pandeiros” e, nesse sentido, um dos pontos altos foi a presença, no Museu, de duas das homenageadas: Lourdes e Elba Ramalho, que integram a exposição “Os Ramalho da Paraíba”. Na Sala 3 do Museu, “Em Cena: Lourdes Nunes Ramalho” traz fotos, livros, cordéis, documentos e objetos pessoais. Na Sala 2, que se destina à Música, o acervo privilegia a trajetória de três dos mais célebres nomes da gênese dos Ramalho norteando a curadoria: Elba Ramalho, Zé Ramalho e Luiz Ramalho. Com ênfase em Elba, podem ser encontrados figurinos, prêmios, fotografias e acessórios. Já na Sala 1, Artesanato, o tema “Raízes do Futuro” orienta as mais de mil peças primitivas e contemporâneas com destaque para elementos da Feira Central de Campina Grande, remetendo aos componentes artísticos entrelaçados ao ofício de cada participante.
O MAPP também foi receptáculo de dezenas de outros eventos, como celebrações carnavalescas, lançamentos de livros e livretos de Cordel, revistas, encontros literários, lançamentos de grupos, seminários, conferências, palestras e homenagens a artistas.
“O Museu se transformou não só em um marco arquitetônico da cidade, mas um ponto de afluência de grandes ações da UEPB, de artistas, alunos, pesquisadores, turistas e a comunidade, que já ‘descobriu’ o MAPP. O espaço foi absorvido no cenário urbano, de tal modo, que temos uma ‘ocupação’ do hall do térreo, organizada e pontual de grupos de Hip Hop, Break, Dança do Ventre, Boxe, grupos de esportes, sendo também ponto de partida para caminhadas, protestos e corridas, entre outros”, destacou o diretor Angelo Rafael. E, para o ano de 2018, o Museu prepara uma programação ainda mais intensa, procurando oferecer novas opções de entretenimento cultural e de saberes para um público cada vez maior e multifacetado.
“Palco do Choro” e “Sextas Musicais”
Dois eventos já consolidados na agenda cultural do Museu, o “Sextas Musicais” e o “Palco do Choro”, também foram responsáveis por atrair um grande público ao MAPP. O primeiro busca o desenvolvimento de ações que elevem o talento dos músicos e poetas populares locais, notadamente aqueles com mais tempo de trabalho na área e com significativa contribuição para a cultura paraibana.
Formatado como uma espécie de bate-papo, com apresentações artísticas dos convidados, o “Sextas Musicais” é formado ainda por causos e histórias da carreira de cada artista. Este ano três artistas participaram do evento: Biliu de Campina, Mestre Marrom e Benedito do Rojão.
O “Palco do Choro”, empreendimento do Grupo Chorata em parceria com o MAPP, tem como objetivo o fomento e a valorização do Choro, um dos gêneros mais requintados da música popular nacional. Exibindo uma atração em clima descontraído e tendo como cerne o típico virtuosismo aliado à improvisação, que compõe as tradicionais rodas de Choro, o evento incentiva os convivas a interagirem com a plateia, que também toma parte no espetáculo.