A Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) está apoiando a Oficina de Percussão Projeto Ayan. Nela, inicialmente o conteúdo será centrado nas tradições que envolvem a cultura afro-brasileira e indígena. Os ritmos apresentados serão o Maracatu de Baque Virado, Coco de Roda, Ijexá, Ciranda, Perré e Guerra, mostrando tanto a parte histórica como a prática dos instrumentos percussivos. A atividade terá como sede o Parque Ecológico de Bodocongó, em Campina Grande, e as inscrições podem ser feitas por meio do link https://goo.gl/forms/8EoDHy6HHd2oUmIv1. A participação é gratuita e o número de vagas limitado.
A Oficina terá início no dia 12 de abril e ocorrerá às quintas-feiras, a partir das 18h30. Serão ao todo 10 encontros. A atividade será encerrada no dia 21 de junho. Conforme o coordenador e facilitador das oficinas, Zé Luan Medeiros, que também é técnico-administrativo da UEPB, não é necessário ter experiência e/ou vivência com os ritmos que serão apresentados. Os certificados possuem uma carga horária de 40 horas e serão emitidos em conjunto pelo Projeto Ayan e a Pró-Reitoria de Cultura da UEPB.
De acordo com Luan, dentre os objetivos da Oficina figura implementar um espaço de aprendizado e integração com a cultura percussiva afro-brasileira, indígena e regional. “Buscaremos estudar as nuances da tradição da música percussiva e do folclore do Nordeste, ressaltando o Coco de Roda, Ciranda, Ijexá e o Maracatu de Baque Virado”, explicou. A Oficina almeja, ainda, trazer para a comunidade os conhecimentos e tradições da cultura popular nordestina, criar um espaço de debates acerca da diáspora africana e indígena no atual cenário social, contribuir para a formação de percussionistas e discutir a história de ritmos percussivos tradicionais do Nordeste, bem como realizar apresentações.
O coordenador acrescentou que o nome do projeto foi retirado da tradição Yorubá, representando o Orixá responsável pelo tambor. “Ayan é a força que vibra do tambor a partir do toque, lembrando que tanto para o indígena quanto para o africano o tambor tem um valor social. É herança deixada de pai pra filho, responsável por conectá-los com seus ancestrais. É através do toque do tambor que são celebradas as estações do ano e datas comemorativas, ou seja, ele é um elemento comunicativo importante para esses povos e tradições”, revelou.
Percussionista, luthier e produtor cultural, Zé Luan é graduado em Licenciatura em História e especialista em Gestão Pública com ênfase em Políticas Culturais, ambos pela UEPB. Coordenou o Projeto de Extensão Integração Cultural (UEPB/2014) e foi coordenador do grupo Maracagrande (2012-2017), sendo produtor geral do CD “Meu Baque é Forte” (2016) do mesmo Grupo. Entre 2008 e 2010 atuou como diretor do Centro de Cultura e Arte (Cuca/UNE). Também é produtor de eventos de música popular e música instrumental, tendo experiência com palco, segurança e camarim.
A Oficina de Percussão Projeto Ayan tem o apoio da Nalu Lutheria, Procult, Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab), Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/UEPB), Parque Ecológico de Bodocongó e Governo do Estado. Outras informações podem ser adquiridas através do e-mail projetoayan@gmail.com ou pelo telefone (83) 99926-5459.