A Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) está apoiando a realização da Oficina de Percussão do Projeto Ayan, que começará em agosto. Os ritmos envolvidos na iniciativa serão o Maracatu de Baque Virado, Coco, Ijexá, Ciranda, Perré e Guerra, mostrando tanto a parte histórica que envolve essas atividades, quanto a prática de uso através dos instrumentos percussivos.
A atividade terá como sede o Parque Ecológico de Bodocongó, em Campina Grande, e as inscrições podem ser feitas por meio de formulário eletrônico. A participação é gratuita, o número de vagas limitado e todos os instrumentos serão disponibilizados aos participantes. A Oficina deverá ser encerrada em outubro, iniciando em 16 de agosto e não é preciso possuir experiência nos ritmos apresentados.
No total, serão 10 encontros, com uma turma às 18h30, nas quintas-feiras, e outra, nas sextas-feiras, às 16h. O conteúdo será centrado nas tradições que envolvem a cultura afro-brasileira e indígena. De acordo com o coordenador do Projeto Ayan, Zé Luan Medeiros, que também é técnico-administrativo na UEPB, em colaboração com as aulas haverá indicações de vídeos sobre cada uma das manifestações trabalhadas, bem como visitas e conversas com mestres de Cultura. Os certificados serão emitidos ao final do curso, pelo Projeto e em parceria com a Pró-Reitoria de Cultura da UEPB. Para obtê-lo é necessário cumprir uma carga horária mínima de 70%.
Percussionista, luthier e produtor cultural, Zé Luan é graduado em Licenciatura em História e especialista em Gestão Pública com ênfase em Políticas Culturais, ambos pela UEPB. Coordenou o Projeto de Extensão Integração Cultural (UEPB/2014) e foi coordenador do grupo Maracagrande (2012-2017), sendo produtor geral do CD “Meu Baque é Forte” (2016) do mesmo Grupo. Entre 2008 e 2010 atuou como diretor do Centro de Cultura e Arte (Cuca/UNE). Desempenha, além disso, produção de eventos de música popular e música instrumental, tendo experiência com palco, segurança e camarim.
O nome que intitula o projeto, “Ayan”, é de tradição Yorubá e faz referência ao Orixá responsável pelo “tambor”. Assim, “Ayan” é a força que vibra do tambor a partir do toque. Para os indígenas e africanos o tambor dispõe de valor social, é uma herança deixada de pai para filho, responsável por conectá-los com seus ancestrais. Através do toque do tambor são celebradas as estações do ano e as datas comemorativas, de modo que é um elemento comunicativo importante para esses povos e tradições.
A Oficina conta com o apoio da Nalu Lutheria, Procult, Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (Sintab), Parque Ecológico de Bodocongó e Governo do Estado. Outras informações podem ser adquiridas pelo e-mail projetoayan@gmail.com.