Museu de Arte Popular da Paraíba sedia 2ª edição do Festival Internacional de Compositoras
No próximo sábado, 1º de setembro, a partir das 15h, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, receberá a 2ª edição do Sonora – Festival Internacional de Compositoras. O evento tem entrada franca e busca dar visibilidade, promover e legitimar a presença da mulher no âmbito musical.
O Sonora ocorrerá em 74 cidades e 16 países. A Rainha da Borborema, que dispõe de um cenário fecundo nesse contexto, com várias artistas de relevo, seja na voz e interpretação, seja no que trata do trabalho autoral, terá a participação de Adília Uchôa, Cida Ramos, Lua Alves, Júlia Lins, Jéssica Melo, Katarina Nepomuk, Thalita Oliveira, Vivi Stayner e Jéssica Rodrigues. Outras expressões artísticas, a exemplo de Dança (Natasha Félix e Tahis Emanuela), Teatro (Joana Marques e Cecília Cunha) e Poesia (Rachel Oliveira, Renata Oliveira, Vanúbia Euclides, Vanesca Silva, Morganna Tavares e Manu Alves), também serão contempladas.
A programação inclui ainda uma oficina de Percussão Regional, efetuada por Virgínia Passos, uma mesa redonda abordando o tema “Racismo Estrutural e Silenciamento da Mulher Negra”, mediada por Bruna Santiago, e uma seção de brechós e comedoria, que ficará a cargo do Japa Rock Brechó, do Brechó das Manas, do Brechó Vintage e da Avegana.
Conforme a coordenadora geral da iniciativa na cidade, Viviane Soares, Campina conta com profissionais fabulosas e o Sonora traz essa possibilidade de agregá-las, incentivá-las, efetivando um evento colaborativo, que além de funcionar como uma vitrine para as habilidades das participantes, serve como centro de informação e atualização no que trata da Música em Campina e no Estado, rompendo, igualmente, com a ideia de que existem poucas compositoras, poucas mulheres que criam Arte. “É uma maneira de fortalecer e reconhecer o trabalho tanto de quem está começando como daquelas que têm uma carreira consolidada. O Festival também dá a sua contribuição trazendo fôlego à produção cultural local”, explicou.
O Sonora surgiu no Brasil em 2016, nas redes sociais, decorrente da hashtag #mulherescriando, idealizada pela musicista Deh Mussulini. Diante da grande repercussão que obteve, algumas compositoras espalhadas pelo Brasil conversaram acerca da perspectiva de fazer um festival. O processo de gestão e produção dele é todo executado por mulheres (cis e transgênero).
Em Campina, o Sonora – Festival Internacional de Compositoras é realizado pelo Coletivo Sonoras. Nascido após a primeira edição da atividade, o Coletivo reúne musicistas, cantoras, escritoras, pintoras, ilustradoras, fotógrafas, dançarinas, atrizes e articuladoras culturais a fim de conquistar e ocupar espaços artísticos na Paraíba. Outras informações podem ser obtidas através da rede social https://www.facebook.com/festivalsonoracgpb/.