Museu de Arte Popular da Paraíba participa da 20ª edição da Semana Nacional de Museus
O Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, figura entre as quase 900 instituições brasileiras participantes da 20ª Semana Nacional de Museus, que este ano é norteada pelo tema “O Poder dos Museus”. Em todo o país, 379 cidades de 26 estados estão cadastradas, promovendo quase 2.600 eventos, sendo uma iniciativa sugerida pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Para essa edição, o MAPP planejou diversas atrações culturais, perfazendo a atividade denominada “De Repente no Museu”, que vai de segunda-feira (16) até o sábado (21), sempre às 18h e com entrada franca.
De acordo com o diretor do MAPP e pró-reitor adjunto de Cultura, professor José Pereira da Silva, alinhando-se anualmente à Semana proposta pelo IBRAM, o Museu mantém sua integração ao contexto nacional. “É importante essa visibilidade e participação, em especial pelos diálogos que incentiva ao redor da relevância social dessas instituições”, disse.
Abrindo a programação, na segunda-feira (16), haverá a exibição “Cantoria de Viola e Outras Cantorias”, com a poetisa Vanusa Vieira e o violinista Josemar Pereira. Na terça-feira (17), o MAPP receberá o professor do curso de Iniciação ao Violão, do Centro Artístico Cultural (CAC) da UEPB, Caio César, que se apresentará com artistas convidados.
Na quarta-feira (18), a noite terá como ponto de partida “O Fole de Oito Baixos e outros sons na voz dos Mestres das Artes”. O evento reunirá os irmãos Luizinho e João Calixto, fazendo uma homenagem a Biliu de Campina – lembrando que os três foram contemplados recentemente com o título de Mestre das Artes, por meio da Lei Canhoto da Paraíba, por isso a referência.
Já na quinta-feira (19), a tônica da ocasião será dada pela criatividade feminina, com o “Vozes de Mulheres”. Estarão presentes à oportunidade, a poetisa Aparecida Pinto e a musicista Lua Alves, entre outras artistas. No dia seguinte, sexta-feira (20), tomará conta do MAPP toda a vivacidade e energia dos poetas da Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVPB), que destacarão o mote “O Nordeste em Cordel”. E, finalizando as exibições culturais, no sábado (21), será a vez de Antônio Dean trazer para o MAPP o evento “Coco, cantoria de viola e outros cantares”.
O poder dos museus
Para o diretor do MAPP, o tema abordado pelo IBRAM este ano é sobremodo pertinente, principalmente nesse cenário ora vivenciado, de, digamos, “normalização” do cotidiano, com várias práticas sendo retomadas, em razão do arrefecimento da pandemia da Covid-19. “O museu é bastante associado à sua capacidade de oportunizar às pessoas acessarem suas memórias e experiências, fortalecendo, além disso, suas identidades e somando a elas outras características. Tudo o que recebemos dos museus é adicionado à nossa formação, à nossa personalidade, é um saber que nos enriquece e esse é um momento de reflexão e de reconstrução de nós mesmos e da sociedade”, explicou.
Para o professor Pereira, outro aspecto importante a ser ressaltado é que, por excelência, o museu “desmonta” elementos que temos como certos e conhecidos, desautomatizando o olhar e trazendo de volta não apenas o frescor à realidade, mas realçando um verdadeiro mundo de subjetividades, símbolos e aprendizados. “A feira, por exemplo, que será o fio condutor da nossa próxima exposição, para além de ser um espaço de venda, é algo muito humano, muito vivo e orgânico, com sua diversidade, conflitos e partilhas. É um lembrete de que sempre é possível encarar com um olhar diferenciado o que nos circunda”, concluiu.
Texto: Oziella Inocêncio
De acordo com o diretor do MAPP e pró-reitor adjunto de Cultura, professor José Pereira da Silva, alinhando-se anualmente à Semana proposta pelo IBRAM, o Museu mantém sua integração ao contexto nacional. “É importante essa visibilidade e participação, em especial pelos diálogos que incentiva ao redor da relevância social dessas instituições”, disse.
Abrindo a programação, na segunda-feira (16), haverá a exibição “Cantoria de Viola e Outras Cantorias”, com a poetisa Vanusa Vieira e o violinista Josemar Pereira. Na terça-feira (17), o MAPP receberá o professor do curso de Iniciação ao Violão, do Centro Artístico Cultural (CAC) da UEPB, Caio César, que se apresentará com artistas convidados.
Na quarta-feira (18), a noite terá como ponto de partida “O Fole de Oito Baixos e outros sons na voz dos Mestres das Artes”. O evento reunirá os irmãos Luizinho e João Calixto, fazendo uma homenagem a Biliu de Campina – lembrando que os três foram contemplados recentemente com o título de Mestre das Artes, por meio da Lei Canhoto da Paraíba, por isso a referência.
Já na quinta-feira (19), a tônica da ocasião será dada pela criatividade feminina, com o “Vozes de Mulheres”. Estarão presentes à oportunidade, a poetisa Aparecida Pinto e a musicista Lua Alves, entre outras artistas. No dia seguinte, sexta-feira (20), tomará conta do MAPP toda a vivacidade e energia dos poetas da Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVPB), que destacarão o mote “O Nordeste em Cordel”. E, finalizando as exibições culturais, no sábado (21), será a vez de Antônio Dean trazer para o MAPP o evento “Coco, cantoria de viola e outros cantares”.
O poder dos museus
Para o diretor do MAPP, o tema abordado pelo IBRAM este ano é sobremodo pertinente, principalmente nesse cenário ora vivenciado, de, digamos, “normalização” do cotidiano, com várias práticas sendo retomadas, em razão do arrefecimento da pandemia da Covid-19. “O museu é bastante associado à sua capacidade de oportunizar às pessoas acessarem suas memórias e experiências, fortalecendo, além disso, suas identidades e somando a elas outras características. Tudo o que recebemos dos museus é adicionado à nossa formação, à nossa personalidade, é um saber que nos enriquece e esse é um momento de reflexão e de reconstrução de nós mesmos e da sociedade”, explicou.
Para o professor Pereira, outro aspecto importante a ser ressaltado é que, por excelência, o museu “desmonta” elementos que temos como certos e conhecidos, desautomatizando o olhar e trazendo de volta não apenas o frescor à realidade, mas realçando um verdadeiro mundo de subjetividades, símbolos e aprendizados. “A feira, por exemplo, que será o fio condutor da nossa próxima exposição, para além de ser um espaço de venda, é algo muito humano, muito vivo e orgânico, com sua diversidade, conflitos e partilhas. É um lembrete de que sempre é possível encarar com um olhar diferenciado o que nos circunda”, concluiu.
Texto: Oziella Inocêncio