Museu de Arte Popular da Paraíba recebe “Arrasta Axé” em celebração ao dia da Consciência Negra
No próximo sábado (26), a partir das 15h, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, será palco do “Arrasta Axé – Celebrando a Consciência Negra”. O evento, realizado pela Associação Cultural Baraúna e o Grupo Batuque Nagô, conta com o apoio da Pró-Reitoria de Cultura (PROCULT). A entrada é franca.
O Batuque Nagô é um grupo de percussão e desenvolve oficinas ao longo do ano, sendo aberta uma turma a cada semestre. As ações se dão uma vez por semana, junto com os ensaios dele. Nesse sentido, o “Arrasta Axé” é uma espécie de “batismo” desses novos batuqueiros, que a partir dessa vivência entram em contato com a prática de folguedos de rua.
Dentre os objetivos do “Arrasta Axé” figuram a divulgação da cultura popular, a democratização e ocupação do espaço público com atividades culturais e a formação de brincantes. Além disso, conforme explicou o produtor Zé Luan Costa, tem como propósitos alavancar a retomada dos trabalhos artísticos na cidade e promover a geração de renda aos profissionais do setor de eventos.
Durante toda a iniciativa, haverá uma feirinha de empreendedores e artesãos, expondo e vendendo suas peças, e no decorrer da tarde e da noite diversas apresentações acontecerão. O “Arrasta Axé” inicia com um aulão de Dança de Maracatu, às 15h, e uma oficina de bolhas de sabão gigantes, para crianças. Em seguida, estão previstas as atrações “Confraria dos Ogãs” (16h30), “Ala Show da Escola de Samba Bambas do Ritmo” (17h30), “Grupo Batuque Nagô” (18h30) e “Seu Zé Quer Coco” (19h30).
O evento também dispõe como parceiros do LAB Matulão, UEPB e MAPP. Outras informações podem ser adquiridas pelo telefone (83) 98612-9668.
Sobre o Arrasta Axé e Zé Luan Costa
O Arrasta Axé é um bloco/evento surgido em 2019, criado e efetuado pelo Grupo de Percussão Batuque Nagô. Ele ocorreu por duas vezes, uma em novembro daquele ano, com um cortejo em homenagem a Zumbi e Dandara, e ao Dia da Consciência Negra, e outra em fevereiro de 2020, no período pré-carnavalesco.
A atividade consiste na ocupação de áreas públicas, sendo em local fixo ou em cortejo. A ideia é levar artistas e grupos do município a mostrarem seus trabalhos ao público em geral, favorecendo a difusão da cultura feita em Campina e a formação de plateia.
Zé Luan é percussionista, luthier e produtor, graduado em Licenciatura em História e especialista em Gestão Pública, com ênfase em Políticas Culturais, ambos pela UEPB. Atua no segmento de cultura popular desde 2009, participando do Grupo Maracagrande (2009), onde esteve até 2017. É idealizador e coordenador no Projeto Ayan (Percussão Regional), no qual desenvolve oficinas variadas e atividades em escolas públicas, o que originou o atual Grupo de Percussão Batuque Nagô e, por conseguinte, a Associação Cultural Baraúnas.
Em 2012, junto a outros percussionistas da Rainha da Borborema fundou o Grupo Tirinete, mais uma vez na seara da cultura popular, mais precisamente o Coco de Roda e a Ciranda. Já em 2016 foi convidado para o grupo Coqueiro Alto.
Trabalha em parceria com outros coletivos e grupos, sempre realizando eventos de música popular e oficinas para novos percussionistas. Em 2015 adentrou o mundo da luteria, confeccionando instrumentos de percussão.
Texto: Oziella Inocêncio