Museu de Arte Popular da Paraíba sedia lançamento do livro “Memorial”, de Arlindo Nóbrega

Museu de Arte Popular da Paraíba sedia lançamento do livro “Memorial”, de Arlindo Nóbrega
17 de julho de 2024

Neste sábado (20), a partir das 18h, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, recebe o lançamento do livro “Memorial”, do jornalista e escritor Arlindo Nóbrega. A entrada é franca.

No livro, o autor homenageia seus familiares e amigos, bem como pessoas que de algum modo fizeram parte da sua trajetória. Conforme Arlindo, desde criança o lado encantador da vida nos é revelado: ganhamos irmãos, primos, conhecimento. Com o tempo começamos a perder nossos amigos próximos e distantes, e isso marca, para nós, a descoberta da realidade do existir. “Sentimos a dor das perdas, mas estamos tão ocupados no dia a dia, que pouco refletimos sobre a importância do agora e de estar perto dos nossos entes queridos, e que poderíamos ter sido mais presentes para aqueles que se foram. A publicação faz uma advertência acerca disso”, explicou.

A publicação sai pela Editora Jasa Produções e conta com 72 páginas. A obra é dividida pelas trovas “Meus Pais e Familiares”, “Adeus, Colegas!”, “Amigos confrades e confreiras”, “Música – A Marcha Fúnebre” e “Celebridades”. O posfácio é escrito pelo jornalista Wilson de Oliveira Jasa, presidente da Casa do Poeta Lampião de Gás, de São Paulo (SP).

Arlindo acrescentou que a ideia de escrever um livro relacionado ao tema surgiu num passado não muito distante, após seguidas perdas de familiares, amigos e ex-colegas de trabalho. “Sem contar aqueles que direta ou indiretamente influenciam nosso caminho. O cantor, por exemplo, que pela música chega ao nosso coração e dá o recado, de alegria ou tristeza. Em dado momento, compus uma trova para um ente querido e outras se seguiram. Pronto, foi assim que nasceu Memorial, esse livreto em linguagem altamente simples, como todos nós devemos ser, no qual perpetuo as minhas sentidas recordações de todos eles, sem  levar em conta a ordem cronológica. A tiragem destinada aos familiares dos ‘ilustres desaparecidos’ é a minha única preocupação, claro, sem nada em troca, apenas manter a amizade, agora via indireta, com os saudosos semelhantes que se foram”, detalhou.

Mais sobre o autor

Arlindo Nóbrega é natural de Campina Grande. Licenciado em Letras na Rainha da Borborema, nos anos 60, ele deu seus primeiros passos no radiojornalismo, começando na Rádio Caturité. Depois passou pelo extinto Diários e Emissoras Associados, na Rádio Borborema e Diário da Borborema. Escreveu na seção Esportiva do Correio da Paraíba, presidindo, além disso, a Liga Campinense de Futebol de Salão.

Fundou a famosa Escola de Samba Bambas do Ritmo, no bairro de José Pinheiro e, em seguida, foi para São Paulo (SP), por lá radicando-se. Na capital, vinculou-se ao Diário Popular e à Imprensa Oficial do Estado, posteriormente se aposentando. Fundou também o jornal Literarte – SP e a Federação Brasileira de Alternativos Culturais (FEBAC). É diretor-conselheiro da Associação dos Jornalistas Veteranos de São Paulo (AJOVESP) e da Casa do Poeta Lampião de Gás. Conforme pontuou o autor, tem várias obras lançadas e outras a publicar.

Arlindo acrescentou que em sua trajetória figuram uma moção de aplausos pela Câmara Municipal de Campina Grande – iniciativa de José Alves Sobrinho – e uma carta de agradecimento pelo seu trabalho de divulgação da cidade, inclusive no exterior, idealizada pelo então prefeito Ronaldo Cunha Lima, seu patrono na Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores.

O escritor contou, ainda, que é um dos mantenedores da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA) e integra várias ONGS voltadas ao bem-estar dos animais, tendo por isso recebido o título de ambientalista, em São José dos Campos (SP).

Texto: Oziella Inocêncio
Foto: Arquivo Pessoal