Museu de Arte Popular recebe expressiva visitação com exposição “Carcaças, Tempo e Memória”
Estrela maior da tapeçaria cultural nordestina, a Xilogravura vem ganhando cada vez mais admiradores na atualidade. E, se depender do Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, esse alcance seguirá sendo ampliado: cerca de 2.300 pessoas já passaram pela exposição “Carcaças, Tempo e Memória”, do artista visual Arnilson Montenegro, que tem essa expressão criativa como eixo.
A exposição traz xilogravura, calcogravura e gravura em metal, além de matrizes e escultura. São mais de 60 peças, confeccionadas através dos mais variados meios, a exemplo de ponta seca, água forte, buril e água tinta, tornando o programa absolutamente obrigatório para quem deseja saber mais sobre esse universo.
Para Arnilson, um dos pontos altos de “Carcaças, Tempo e Memória”, diz respeito à contrapartida social do projeto, que é contemplado pela Lei de Incentivo Paulo Gustavo. “Na atividade, 20 crianças da rede pública do município puderam aprender a história dessa arte e participar ativamente da impressão de xilogravuras, conhecendo a diversidade das técnicas e suas inúmeras aplicações. Fiquei contente por estar à frente dessa ação, transmitindo o que sei”, explicou.
Aberta no mês de maio, a exposição obteve uma grande visitação especialmente em junho. “O contexto das festividades juninas sem dúvida aumentou a frequência, mas, em geral, em todo o período houve uma expressiva interação com o público. Creio que para o artista, isso não tem preço. Foi muito interessante acompanhar como as pessoas se conectaram com o meu trabalho”, enfatizou Arnilson.
A exposição fica aberta ao público de terça-feira a sexta-feira das 10 às 19h e, nos finais de semana, das 14 às 19h. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados de maneira antecipada AQUI. Além de “Carcaças, Tempo e Memória”, o MAPP segue com duas exposições em cartaz: “Paraíba – Berço da Cantoria, do Cordel e de Culturas Populares”, que conta com obras de vários artistas e aborda temas como a musicalidade e a fé, tendo como curadores a professora Joseilda Diniz, o poeta Alfrânio de Brito e a vice-presidente da Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVPB), Claudete Gomes; e “Sororidade”, do Coletivo Mulheres da Arte Naïf PB, que busca divulgar a arte naïf feita por mulheres, homenagear o talento delas e incentivar outras artistas, sendo a curadoria de Ilson Moraes.
Texto: Oziella Inocêncio
Fotos: Divulgação