Museu de Arte presenteia Campina com exposição temática em seu aniversário
No próximo dia 11, a Rainha da Borborema faz aniversário e o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), presenteia a cidade com uma exposição temática, especialmente pensada para homenagear o município. Denominada “Campina Grande 160 anos – Arte, História, Devoção, Ciência e Tecnologia”, ela terá vernissage nesta quarta-feira (09), às 18h30.
A exposição foi idealizada e produzida pelo pró-reitor adjunto de Cultura e diretor do MAPP, professor José Pereira da Silva, e conta com curadoria de Angelo Rafael. Conforme o professor Pereira, 18 artistas integram a iniciativa, que dispõe de um recorte diversificado, reunindo trabalhos como telas, esculturas, artesanato, textos, fotografias e gravuras.
“A exposição perfila tanto o lado histórico como o artístico de Campina. Outro diferencial é essa grande união de artistas em colaboração com ela. Algumas peças pertencem à atualidade e outras são antigas. Com isso, desejamos não apenas trazer à memória elementos simbólicos e importantes no município, mas também percorrer e enaltecer toda a trajetória criativa que moldou a identidade e a cultura local”, explicou o professor Pereira.
“Campina Grande 160 anos – Arte, História, Devoção, Ciência e Tecnologia” parte de temas relativos à gênese de tudo que conhecemos por aqui: a chegada do Capitão-Mor Teodósio de Oliveira Ledo no Planalto da Borborema, o arruado, a freguesia, a vila e a cidade, segundo aponta a sinopse da exposição. Nesse contexto, uma série de fatos se desnuda, mostrando épocas em que o município muda, vai ganhando novos contornos, até culminar no próprio prédio do MAPP. As estruturas circulares de concreto e vidro imaginadas por Oscar Niemeyer, representariam, assim, a pujança de seus habitantes e forasteiros, que não passaram incólumes pelas belezas da Rainha da Borborema – ou se encantaram e deram sua contribuição à cidade, ou estabeleceram-se e fizeram dela um grande e próspero lugar.
Numa acurada linha do tempo, a exposição revela marcos como a criação da própria UEPB, antiga Fundação Universidade Regional do Nordeste (FURNe). Um aspecto adicional por ela contemplado é o religioso, congregando crenças, cultos e deidades dos povos originários. Além disso, está presente a chegada dos Jesuítas e a fé católica, um elemento de relevo a mais, inclusive quando se fala em desenvolvimento local, ao que a exposição igualmente alude. “Os tópicos religiosos levam em consideração que Campina foi erguida sob a égide de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira da cidade, celebrada em 8 de dezembro, cuja Diocese Municipal comemora também seu jubileu”, enfatizou Angelo Rafael.
Angelo destacou que o fio condutor da exposição motivou um ‘modus’ expositivo muito arrojado e atual, do ponto de vista museológico. “Cada artista ou obra cooptada tem seu sentido de ser e estar, de forma a atrair o público para que possa adentrar na história de uma Campina Grande que merece todas as felicitações no dia de seu aniversário”, assinalou.
Texto: Oziella Inocêncio
Fotos: Divulgação