MAPP receberá Manoel Cirne em mais uma edição do Palco do Choro

MAPP receberá Manoel Cirne em mais uma edição do Palco do Choro
28 de maio de 2025

Neste sábado (30), no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, ocorrerá mais uma edição do projeto Palco do Choro. O evento começa às 19h30 e, desta feita, receberá o músico Manoel Cirne. A entrada é franca, sendo que a iniciativa resulta de uma parceria entre o Grupo Chorata e o MAPP.

De acordo com André Farias, um dos componentes do Grupo, o repertório da noite será bastante original. “Traremos uma seleção de músicas que não são comumente tocadas. O repertório, tanto do grupo Chorata, quanto do convidado, Manoel Cirne, passeará por choros e valsas do Brasil e, para isso, serão utilizados os mais diversos instrumentos brasileiros, como o bandolim, cavaquinho e violão tenor, na melodia principal. Apresentaremos músicas de chorões regionais, como Rossini Ferreira (PE), assim como de músicos paraibanos, a exemplo de Canhoto da Paraíba, além, é claro, de compositores tradicionais como Jacob do Bandolim, Garoto e Waldir Azevedo”, destacou.

É a primeira apresentação de Manoel Cirne em 2025. Nascido e criado em Campina Grande, ele iniciou sua trajetória musical aos 8 anos de idade, estudando cavaquinho na tradicional escola Musidom, de Jorge Ribbas. Por volta dos 10 anos, Manoel já integrava as rodas de choro da cidade, tocando com o Mestre Duduta. Aos 11, ganhou de presente aquele que seria um instrumento definidor em sua vida: o bandolim, e logo começou a se apresentar como solista, acompanhado por seu próprio conjunto. Ainda na infância e adolescência, percorreu várias cidades da Paraíba nesse sentido e também participando de gravações de DVDs.

Aos 14 anos, foi convidado a estar no disco “Talentos do Chorinho Paraibano”, no qual gravou três faixas. Com o tempo, o que era esperado concretizou-se e o bandolim se tornou o principal meio de expressão de Manoel. Passou a viajar quinzenalmente ao Recife, sempre aos finais de semana, para estudar com o professor Marco César, dedicando-se ativamente ao instrumento.

No início da vida adulta, mudou-se para Lisboa para cursar graduação em Economia. Durante esse período, a música ficou em segundo plano. Porém, ao descobrir o Clube do Choro de Lisboa, sua paixão pelo bandolim foi reacesa e ele retomou os estudos, desta vez de forma remota, com o professor Jorge Cardoso, com quem segue tendo aulas na atualidade.

“Passei a integrar semanalmente a roda de choro no bar Típica de Alfama, e com isso formamos o conjunto A Típica Roda de Choro, em homenagem ao local em que tudo se iniciou. O espaço e o nosso trabalho, proporcionaram conhecer e tocar com grandes músicos brasileiros em turnê na Europa, a exemplo de Cainã Cavalcante, Yamandu Costa, Nilze Carvalho e Pedro Aragão, abrindo também portas para outras apresentações importantes, como um concerto no auditório CGD, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa, transmitido ao vivo pela Rádio Antena 2”, detalhou Manoel.

Texto: Oziella Inocêncio