Museu de Arte Popular recebe exposição “Xilogravura” de Arnilson Montenegro

Na próxima sexta-feira (6), uma das mais bonitas expressões artísticas nordestinas ganha novamente destaque no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande. Trata-se de “Xilogravura – Impressões Efêmeras: Sulcos do Consumo no Tempo”, de Arnilson Montenegro. É a segunda exposição individual dele no MAPP e a entrada é franca. O vernissage está marcado para as 19h30.
De acordo com Arnilson, a exposição conta com dezenas de trabalhos, trazendo uma variedade de temas. “São obras inéditas, impressas manualmente, utilizando a técnica tradicional da xilogravura, aliada a outras técnicas gráficas, explorando as cores para compor imagens e instalações contemporâneas. A ideia é criar uma atmosfera em que a sensibilidade e a contemplação estejam presentes e isso seja transmitido ao público”, informou. Ele acrescentou que a mostra apresenta a gravura e o poder de multiplicação dela, a partir do conceito de campo ampliado, no qual as obras tomam a dimensão do objeto. “A intenção, com isso, é torná-las mais interativas aos visitantes, que poderão também tocar e sentir as peças, permitindo-os fazerem realmente parte daquele contexto criativo”, detalhou.
“Xilogravura” acontece por meio da Lei Aldir Blanc de Fomento à Cultura, via Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG), e terá contrapartida social, como de costume. “Promoveremos ações educativas, em forma de oficina, fornecendo aos participantes experiências nesse processo artístico. Esperamos contribuir para a preservação e manutenção desta técnica que é um patrimônio cultural e muito nos orgulha. As iniciativas serão voltadas para alunos da rede pública de Campina”, disse.
Arnilson “estreou” no MAPP com “Carcaças, Tempo e Memória”, em 2024, que conquistou grande visitação, com mais de 2.500 visitantes. “A expectativa é positiva, sobretudo nesse período junino, em que há uma maior busca e valorização da arte nordestina. A primeira mostra foi muito além do que esperávamos, o público gostou do trabalho, então é bem gratificante. O MAPP hoje é um ponto de referência quando se fala em cultura, é uma honra trazer novamente a xilogravura para dentro desse espaço”, destacou.
A exposição fica aberta ao público de terça-feira a sexta-feira das 10 às 19h e, aos finais de semana, das 14 às 19h. Além de “Xilogravura – Impressões Efêmeras: Sulcos do Consumo no Tempo”, o MAPP segue com duas exposições em cartaz: “Os Sertões que nos Atravessam”, de Rebeca Kianny, Amanda Cosme e Juliana Gomes, e “Campina Grande 160 anos – Arte, História, Devoção, Ciência e Tecnologia”, com produção do diretor do MAPP, José Pereira da Silva, e curadoria de Angelo Rafael. Os ingressos podem ser retirados gratuitamente AQUI.
Texto: Oziella Inocêncio