“São João da Resistência” acontece neste sábado (21) no Museu de Arte Popular da Paraíba

Neste sábado (21), a partir das 15h, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), em Campina Grande, conta com uma programação especial, feita para quem gosta das mais autênticas manifestações artísticas regionais. Trata-se do “São João da Resistência”, em sua 4ª edição. Como o próprio nome da iniciativa propõe, a ideia é valorizar a música nordestina, além de outras expressões criativas locais, típicas desse período tão aguardado na Rainha da Borborema. Realizado pela Pró-Reitoria de Cultura (Procult), o evento tem entrada franca.
Entre as apresentações previstas para a ocasião figuram da Quadrilha Junina Arraiá do 40, de Carlos Perê junto com sanfoneiros convidados, e do Grupo Maria Lampião. A iniciativa espera reunir forrozeiros, artesãos, dançarinos, gestores públicos, produtores, pesquisadores, ativistas culturais e toda a comunidade interessada na temática.
“A intenção com o São João da Resistência é propor uma reflexão, pois a cada ano acompanhamos o espaço do regionalismo sendo reduzido. Nossas tradições e a maioria dos nossos artistas têm sido deixados de lado nos orçamentos das grandes festas juninas, sendo esta realidade também uma constante aqui em Campina. Sabemos que o forró, por exemplo, não é apenas um ritmo, ele carrega a identidade do povo do Nordeste e justamente por isso precisa ser preservado em sua essência. Porém, esse reconhecimento não vem acontecendo como o esperado. Muitas vezes, o forró é distorcido ou se busca o apagamento dele pela lógica do mercado. Nosso propósito é que a festa em si não seja compreendida de um jeito superficial, como um mero produto”, pontuou o pró-reitor de Cultura, professor José Cristóvão de Andrade.
Para o pró-reitor adjunto de Cultura, professor Juarez Nogueira Lins, resguardar e enaltecer as tradições populares é um dever, sobretudo em se tratando da Universidade Estadual da Paraíba. “Cabe a nós conhecer e reforçar nossas origens. O São João da Resistência compõe uma importante ação coletiva, mobilizando a comunidade acadêmica e a população em geral ao redor da nossa arte. O objetivo é que siga se consolidando e abrindo espaço à disseminação do talento da nossa gente, para que ele continue florescendo e seja transmitido, com o destaque merecido, às próximas gerações”, explicou.
Texto: Oziella Inocêncio