Museu Assis Chateaubriand e Museu de Arte Popular da Paraíba: um cotidiano dinâmico em Arte e Cultura
Por excelência locais de reflexão e interação, os museus se configuram como instituições que privilegiam a educação não formal, ou seja, neles inexiste a obrigação de aprender. O que os museus trazem é uma educação diferente, participativa, espontânea, mais afeita à motivação pessoal daqueles que desejam frequentá-los. Por acreditar na educação como caminho primordial para o conhecimento e a cidadania, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) é mantenedora de dois museus localizados em Campina Grande, o Museu Assis Chateaubriand (MAC) e o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP). Com entrada gratuita, ambos refletem o compromisso da UEPB de potencializar seu papel educativo no desenvolvimento da sociedade.
O MAC e o MAPP, exemplos dinâmicos desses espaços ricos e simbólicos, permeados pelo encantamento, viabilizam inúmeras ações de teor artístico e cultural, além de manter um diálogo participativo com a população, unindo conteúdos teóricos e práticos contextualizados para a inclusão social e a ampliação do saber.
No MAC é possível participar de diversos eventos, desde exposições, até lançamentos de livros, exibições de música, dança e teatro, ou mesmo visitar a Biblioteca Setorial “José Alves Sobrinho”. Dispondo de diversos volumes, o local é interligado ao sistema informatizado da Biblioteca Central da Universidade, favorecendo consultas e pesquisas em um ambiente convidativo aos estudos.
Com a assinatura do arquiteto carioca Acácio Gil Borsoi e da pernambucana Janete Costa, o MAC tem uma arrojada estrutura predial com dois salões no primeiro andar para mostras; três salas para exposições temporárias no térreo; o espaço do Foyer e a Galeria do Mezanino, que são utilizados para exposições de acordo com tamanho, importância expográfica e curatorial, além de um auditório para 115 pessoas, destinado a workshops, oficinas, seminários, palestras e outros eventos afins.
Com eventos literários e exposições, dando ênfase a memória e também ao patrimônio, mas também dedicado à vanguarda, o MAPP tem como meta a preservação e difusão das heranças da musicalidade paraibana, das artes manuais, da literatura de cordel, da xilogravura e da cantoria, abrangendo as origens e miscigenações da identidade regional. Situado sobre uma praça e com arquitetura assinada por Oscar Niemeyer, o Museu enfeita uma margem do Açude Velho, cartão postal de Campina Grande, e ganhou o apelido de “Museu dos Três Pandeiros”, devido aos três cilindros que o compõe, onde ocorrem as exposições.
A estrutura dedicada à música atualmente presta uma homenagem a Jackson do Pandeiro. No espaço também há painéis com referências a outros importantes músicos paraibanos, além do registro de mais de 300 nomes de artistas. Para compor o acervo musical do MAPP, foram catalogadas ainda 5 mil músicas, disponíveis para audição do público em um espaço multimídia, também direcionado à visualização de imagens relacionadas aos artistas. Já os objetos expostos na área de artesanato representam uma parte do vasto universo dessa criatividade, entre elas a arte das cerâmicas, dos rendilhados, das madeiras, dos teares e da cordoaria. Na sala de cordel e xilogravura, por meio de uma seleção de folhas soltas presentes no Acervo Biblioteca de Obras Raras Átila Almeida da UEPB (Boraa), é possível acompanhar as narrativas poéticas de fatos e histórias da vida cotidiana e do imaginário do povo do Nordeste.
Funcionamento
O MAC está localizado à Rua João Lélis, 581, bairro do Catolé, em Campina Grande, e as visitas ocorrem de segunda à sexta-feira, das 09h às 18h30. Outras informações podem ser adquiridas através do telefone (83) 3337-3637. O MAPP funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 19h e aos sábados e domingos, das 14h às 18h. Agendamento de visitas de instituições de ensino e demais informações podem ser adquiridas pelo telefone (83) 3310-9738.