Museu de Arte Popular da Paraíba sedia primeira edição do “Palco do Choro” na próxima sexta-feira, 5 de agosto
O grupo Chorata, de Campina Grande, vai promover na primeira sexta de cada mês, uma roda de choro. O evento conta com a parceria do Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), o Museu dos Três Pandeiros, da Universidade Estadual da Paraíba. A primeira edição do “Palco do Choro”, como vai ser chamada a roda de músicos, acontece na próxima sexta-feira (5), no MAPP, a partir das 19h, com entrada franca.
A primeira edição do projeto conta com um repertório repleto de clássicos. Serão apresentadas composições de mestres do choro como Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim e Pixinguinha, entre outros. Como acontece nas rodas de choro, os músicos que comparecerem serão convidados a participar num congraçamento de gerações.
O Chorata formou-se em 2015. Reuniu músicos de grupos musicais distintos. Integram o conjunto: Almir Araújo (pandeiro); Givanildo Farias (violão); Hermes de Oliveira Filho (sax alto e soprano); Jonas Oliveira (cavaco base); Rocha (cavaquinho solo).
Aos 72 anos, Almir é o veterano do grupo. Natural de Campina Grande, sua primeira festa como pandeirista aconteceu no São João do clube Paulistina, em 1958. Pouco tempo depois, integrava o conjunto do saudoso Tota Honório, ocupando o lugar que fora de ninguém menos que Jackson do Pandeiro. Além deste grupo, Almir se apresentou com outros mestres como Rosil Cavalcanti, Geraldo Correia, além de integrar o regional do mestre Duduta.
Após ouvir muito choro pelas rádios de Campina Grande, Givanildo, na década de 70, participou de um grupo de batucada chamado Samba Quente, que participava dos carnavais da cidade, tocando sambas-enredo das escolas do Rio de Janeiro. Após um período de 10 anos participando de grupos musicais ligados à igreja católica, Givanildo tem se dedicado, ultimamente, como violonista e compósitos de grupos como Choro Novo e Ensaio.com.
Natural de Pocinhos, Hermes traz a música como herança do seu pai, que tocava tuba na filarmônica de São José de Pocinhos. Seu primeiro instrumento inicial foi a requinta, um pequeno clarinete. Depois passou a tocar Sax Alto e/ou Clarinete na Filarmônica. No conjunto musical “Os Apaches” de Pocinhos atuou como tecladista durante certo tempo, além de tocar violão, em serestas na sua cidade. Desde 2012 participa do Festival Internacional de Música de Grande, tocando Sax Alto e atuando também nas diversas oficinas oferecidas pelo evento.
Foi em 2013 que Jonas realizou sua primeira apresentação musical. Fez uma substituição no grupo Ensaio.com. Também herdeiro de músicos, por parte de avô e pai, Rocha, técnico em contabilidade e professor da Universidade Federal de Campina Grande, iniciou-se na música tocando pandeiro, migrando para o violão, onde atuou em grupos da cidade. Atualmente retomou os estudos da teoria musical e nas horas vagas estuda violão em contexto erudito.
Texto e foto: Astier Basílio