Marcaram presença no Encontro o reitor da UEPB, Rangel Junior, o pró-reitor de Cultura, José Cristóvão de Andrade, e o pró-reitor adjunto de Cultura, José Benjamim Pereira Filho. O pró-reitor de Extensão, José Pereira da Silva, o diretor do MAPP, Angelo Rafael e a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Célia Regina Diniz, também estiveram no Museu.
O ator Chico Oliveira e o poeta Lino Sapo foram os mestres de cerimônia. As atividades contaram, além disso, com a cantora Gitana Pimentel e o professor do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Helinho Medeiros. O encerramento homenageou Jackson do Pandeiro, a Família Calixto, célebre no Encontro desde o começo – notadamente com as aulas-espetáculo de Luizinho Calixto – Sivuca, Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Marinês e o sanfoneiro Severino Medeiros, que também participou do evento.
Os emboladores de coco, Fredi Guimarães e Canário do Império, bem como o Grupo de Tradições Populares Acauã da Serra, também estiveram na conclusão das atividades, que ainda contou em sua programação com a distribuição do “Manifesto do Sanfoneiro Paraibano”. O texto abordava as dificuldades enfrentadas por esses artistas, com várias denúncias acerca da realidade deles, a exemplo da “deturpação dos festejos juninos” e do fato de o sanfoneiro ser “injustiçado socialmente” e “ter seu trabalho explorado”.
Mais de 100 sanfoneiros provenientes das cidades de Araruna, Lagoa Seca, Patos, Monteiro, Catolé do Rocha, Guarabira, São Vicente do Seridó, João Pessoa, Itabaiana e Campina Grande expuseram seu talento em um palco montado na calçada do MAPP. O evento teve, ainda, apresentações dos professores e alunos da Dança de Salão, Ballet, Teatro, Violão, Canto Coral, Percussão Regional, Iniciação à Filarmônica, além de Sanfona de Oito Baixos e Acordeon, todos oriundos do Centro Artístico-Cultural (CAC) da UEPB. Também se exibiu no Encontro a orquestra do Programa de Inclusão Através da Música e Artes (PRIMA).
Avaliação positiva
O reitor da UEPB destacou o quanto a contribuição do Encontro é valorosa, tendo em vista o necessário enaltecimento do artista popular. “Essa homenagem a Severino Medeiros, por exemplo, é muito merecida e não apenas a ele, mas a todos que, juntos, são símbolo da música tradicionalmente nordestina”, afirmou Rangel Junior.
O pró-reitor adjunto de Cultura avaliou como excelente a execução de cada etapa do Encontro. “Em todos os lugares em que passamos fomos muito bem recebidos. Em alguns deles, gestores municipais, sensibilizados com o tema, externaram seu desejo de efetuar políticas públicas de incentivo aos sanfoneiros. Além disso, ouvimos muitos desses artistas dizendo que aquele era o dia mais feliz da vida deles. É muito gratificante para nós”, disse professor Benjamim.
O pró-reitor de Cultura José Cristóvão de Andrade concorda com o professor Benjamim. “A ideia repercutiu em muitas outras localidades. Mais de 20 cidades já nos procuraram para receber o Encontro em suas regiões. Isso mostra que o Estado é carente desse tipo de valorização e a UEPB fica muito satisfeita por fazer a sua parte”, explanou.
Um dos que estiveram no desfecho do Encontro foi Francisco Ferreira da Silva, de 77 anos, o chamado “Bichinho do Acordeon”. Oriundo de João Dias (RN), Bichinho é artista da sanfona há 35 anos. “Foi com muita alegria que recebi a notícia de que minha participação estava garantida no encerramento. Acredito que nesse Encontro todo mundo se sentiu admirado, importante e querido, porque fomos tratados com muito carinho. Quem conhece a realidade da nossa profissão sabe que muitas vezes não é assim”, apontou.
Fotos: Uirá Agra, Talitta Uchôa, Natália Gonçalves