Ex-integrante da banda Cabruêra, Zé Guilherme faleceu em maio deste ano, vítima de infarto. Natural de João Pessoa, nasceu em 30 de março de 1963. Era graduado em música e também foi percursionista da Orquestra Sinfônica da Paraíba. Como ator, era integrante do grupo SerTão Teatro. Seu último trabalho na profissão foi como um personagem do filme “Rebento”, do diretor André Morais. Com a banda Cabruêra, Zé Guilherme gravou os discos “Cabruêra” e “Samba da Minha Terra” e participou de turnês internacionais.
Já o cineasta Penna Filho tem mais de 30 produções em sua filmografia e faleceu em abril de 2015, em decorrência de um câncer de intestino. Natural de Vitória, no Espírito Santo, ainda menino iniciou sua carreira de locutor, ator, repórter, produtor e diretor artístico. Era um dínamo e sua voz serena prenunciava a delicadeza das narrativas que ele construiria ao longo da vida. No início dos anos 70, Penna Filho dirigiu seu próprio filme. Foi quando nasceu “Amores de um cafona”, feito em parceira com Osires Figeroa. O seu solo foi “O diabo tem mil chifres”, que a censura militar considerou imoral e iconoclasta.
Em 1977, Penna entrou para a TV Cultura de São Paulo e ali conseguiu produzir documentários e programas premiados. Nos anos 90 ele voltou para os 35 milímetros, com o filme Naturezas Mortas, ganhador de vários prêmios. Em 2006 realizou um longa sobre a vida do jogador de futebol Ademir da Guia, “Um craque chamado Divino” e em 2009 finalizou outro longa, o Doce de Coco. Os últimos trabalhos do cineasta foram o longa “Das Profundezas”, sobre o trabalho dos mineiros em Criciúma, e tinha começado a rodar em abril o curta-metragem “Esplendidezas”, com direção da filha Fabiana Penna. Foram mais de 50 anos de carreira, boa parte exercida em São Paulo.
Texto: Tatiana Brandão
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