O evento foi todo apresentado pelo pró-reitor de Cultura da UEPB, José Cristóvão de Andrade. As mostras eram provenientes dos cursos de Violão, Percussão Regional, Acordeon, Sanfona de Oito Baixos e Filarmônica, com os professores Caio César, Erivan Ferreira, Edmar Miguel, João Batista, Luizinho Calixto e Jomar Souza. Presentes à circunstância estavam a diretora do CAC, Patrícia Lucena, uma das curadoras da área de Cordel do Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), Joseilda Diniz, e o diretor do Grupo de Tradições Populares Acauã da Serra, Agnaldo Barbosa, entre outros.
De acordo com o pró-reitor de Cultura, as mostras e o excelente desempenho dos alunos, revelam a importância do CAC e, sobretudo, a dedicação dos docentes ao ofício. Andrade assinalou que, para a UEPB, é imprescindível o estímulo à Arte e que o Centro em muito tem contribuído para o êxito dessa missão da Universidade.
“É uma satisfação muito grande ver o resultado dessa união entre o trabalho social e o desenvolvimento da criatividade. Aqui muitos talentos são descobertos, outros são lapidados, mas há algo que todos conservam em comum: cada um deles compõe um dos mais preciosos anseios da UEPB, que é despertar e incentivar a Arte nas pessoas. E por que a Instituição valoriza tanto isso? Porque a Universidade acredita que todos carregam a inventividade, a capacidade de imaginar e construir Arte e que graças a ela podemos encontrar um jeito melhor e mais leve de estar no mundo, conosco mesmos e com os demais”, explicou.
Apresentaram-se uma média de 250 alunos, da faixa etária dos 10 aos 70 anos. Boa parte dos estudantes é oriunda de Campina, de bairros como Bodocongó, José Pinheiro, Santa Rosa, Palmeira, mas também de outros lugares, a exemplo de Pocinhos, Galante, Puxinanã, Juarez Távora, Olivedos e Soledade.
Diferencial
Além de o corpo docente do CAC congregar muitos dos melhores artistas da atualidade, na região, o Centro dispõe de cursos variados na seara musical, alguns deles praticamente em extinção, caso das oficinas de Oito Baixos e Filarmônica. A primeira, por ser pioneira e quase única no Brasil, recebeu tanto destaque e atenção nacionalmente, após a divulgação de suas atividades, que o professor Luizinho Calixto dá aulas até pelo aplicativo WhatsApp, para estudantes que moram em locais distantes, como Manaus. A segunda, tendo à frente Jomar Souza, diz respeito a um formato que cada vez mais escasseia no país, por falta de apoio e reconhecimento, malgrado a tradição e beleza das quais é detentora.
Fotos: Hugo Tabosa e Alberto Alves