Um periódico voltado ao “Cinema Instantâneo”. É este o foco da segunda edição da Revista Expectação – Itinerários Estéticos, lançada na noite desta quinta-feira (9), no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), em Campina Grande. Trata-se de uma publicação do Grupo de Pesquisa “Interações Narrativas e Socialização”, vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e ao Programa de Literatura e Interculturalidade (PPGLI) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
A revista tem como editor responsável o professor e teatrólogo Nivaldo Rodrigues da Silva. A parte gráfica foi elaborada pelo designer gráfico Júlio Cesar Gomes, enquanto as fotografias foram feitas pelo jornalista e professor Hipólito Lucena e pela professora Rebeca Araújo Souza. Esta segunda edição tem uma tiragem de 300 exemplares e é composta por seis textos, dos quais quatro são de autores envolvidos no Cinema Instantâneo.
Integram o periódico o artigo “Manifesto: o instantâneo como Ato fílmico criativo” e “A Generosidade do Teatro”, escritos pelo professor Nivaldo Rodrigues; “Processo criativo do Cinema instantâneo”, por Antônio Fargoni, Ricardo Peres e Tiago A. Neves; “O Cinema Instantâneo como alternativas as tristes políticas culturais”, de Hipólito de Sousa Lucena; “Trilogia do cangaço pós lampião e a saga de Pedro Jeremias”, escrito pelo jornalista Severino Lopes; e a coluna “Pílulas de Música”, de autoria do professor e jornalista Luís Adriano Mendes Costa.
Para Nivaldo, editor da publicação, a “Expectação” tem um sentido de tentar fazer um arejamento entre os conteúdos acadêmicos dos artigos e um público mais vasto. “Os artigos, quando são escritos, são focados em acadêmicos. Acadêmicos escrevem para acadêmicos, para pesquisadores. Então a ideia foi transformar essa informação, que é raríssima e importante, e ampliar o público dessas informações. A revista tem esse caráter de informar o que está sendo produzido na academia e alargar a informação para vários públicos”, frisou.
Como um dos editores da revista e envolvido diretamente no Cinema Instantâneo, o jornalista Hipólito Lucena destaca que a revista nasceu a partir da observação do Grupo de Pesquisa “Interações Narrativas e Socialização” sobre as questões relacionadas a semiótica das profissões artísticas e culturais no contexto contemporâneo e como elas se relacionam com a sociedade. Hipólito, que protagonizou Pedro Jeremias, personagem da obra do escritor Efigênio Moura, ressalta que o Cinema Instantâneo nasceu em Campina Grande a partir de um encontro de cineastas de diversas partes do país. A primeira edição aconteceu em São Carlos (SP); a segunda em Campina Grande, onde foram produzidos três filmes durante prévia do Comunicurtas UEPB; e mais recentemente a houve a terceira edição, em Taquaritinga do Norte (PE).
Durante o lançamento foram exibidos os filmes do Cinema Instantâneo III: “Dos filhos deste solo és mãe”, do cineasta Antônio Fargoni; “O Canto do Cardeal”, de Tiago A. Neves; e “O Caminho das Águas”, de Karla Ferreira. Após as exibições foi promovido um debate com os realizadores das produções.
Texto e fotos: Tatiana Brandão