Atualmente, Silas desenvolve esse trabalho na Escola Municipal Ceai Dr. Elpídio de Almeida, localizada no bairro da Ramadinha. De acordo com ele, a ideia é contribuir para a formação intelectual dos estudantes, trazendo para a sala de aula oficinas de Literatura de Cordel e Xilogravura. A ação é concluída com a produção de um cordel. Para as preleções, Silas leva uma caixa com 10 títulos escritos por ele, versando acerca de variados assuntos, passando por saúde, romance e aventura, por exemplo. Segundo Silas, o objetivo é chamar a atenção dos alunos, utilizando temas lúdicos e atraentes. Também há a veiculação de vídeos educativos abordando tópicos relacionados. Na oportunidade, ele apresenta, ainda, duas biografias que homenageiam o célebre tocador de fole Diomedes Dedo de Ouro e Zé Ramalho. Silas acrescentou que conta com a parceria de Nando César para a execução da atividade.
A parte musical do “Cordel no Museu” ficará por conta de José Francisco, oriundo da banda “Arrepio In Versos”. Estão previstos os lançamentos das obras “Jackson: O pandeiro da Cultura do Nordeste”, de autoria de Toinha do Assaré (CE), “1919-2019 – Centenário Jackson do Pandeiro”, escrito por Marcelo Leal (CE) e “Cordelistas Brasileiros em Defesa da Amazônia”, obra coletiva saída pela Editora Nordestina, organizada por Jota Lima Cordelista. As declamações serão efetuadas por Neto Ferreira, Marconi Araújo, Marcelino José, Toinha do Assaré e Rui Vieira.
O “Cordel no Museu” começou em abril deste ano, tem periodicidade mensal e resulta de uma parceria entre a Procult, o MAPP e a Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVPB). Busca dar mais visibilidade ao gênero e valorizar os vates, xilógrafos, editores, leitores, vendedores, declamadores, pesquisadores e apologistas. Outras informações podem ser adquiridas pelo telefone (83) 3310-9738.
Texto: Oziella Inocêncio