Nesta quinta-feira (28), a partir das 18h, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) sedia atividade da Festa Literária da Rede Estadual de Ensino (Flirede), em Campina Grande. Promovida pela Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia (SEECT), a atividade busca incentivar a leitura nas escolas, bem como criar uma relação de convergência entre os estudantes, a comunidade escolar e os escritores paraibanos. A entrada é franca.
O tema abordado pelo evento, coordenado em Campina pela ex-professora da UEPB, Patrícia Rosas, é “Leitura literária e identidade cultural”. A docente já é bastante conhecida na Instituição pelo seu trabalho com a Revista Tertúlia, que, no ano passado, ficou entre as 10 revistas finalistas do Prêmio Jabuti, na categoria Formação de Novos Leitores. Em 2019, o projeto da docente venceu um edital da Fundação Carlos Chagas, no valor de R$300 mil, para expandir a ação para diversas escolas estaduais da Rainha da Borborema. Na ocasião, mais um número da Revista, desta feita o 4º, será lançado, assim como o novo portal da Tertúlia e da Editora Leve. Estas iniciativas integram o empreendimento cultural denominado “Desengaveta meu Texto”, que objetiva tirar do anonimato os escritos dos alunos.
Durante a Flirede, duas autoras serão homenageadas: Emília Guerra, que escreveu o livro “Sinais” (Arribaçã), e Giovanna Marques, que publicou em 2018 a obra “Quem nasce em Campina Grande é campinense” (Editora CCTA/UFPB). O encontro terá vários convidados, a exemplo de Mirtes Waleska Sulpino, Isabelle Pires, Thielle Lohane, Flávia Renaly, Anne Karine, Linaldo Nascimento, José Hilton Dantas e Tiago Monteiro, além de professores e alunos escritores da Revista Tertúlia. O evento ainda contará com um bate-papo multicultural a respeito do tópico “Literatura, Música e Futebol: rememorando as paixões do campinense”.
“Ler é uma necessidade vital para os dias de hoje. E poder mobilizar uma rede de ensino para se dedicar à leitura, ao debate e a construção de espaços que possibilitem isso nas escolas (ou fora delas) é inovador. Isso porque a Flirede não é isolada, ela envolve toda uma cadeia, e pode se encaminhar para uma política pública. Lutamos por uma sociedade leitora. Lutamos por uma Paraíba leitora. E não apenas leitora, mas também escritora. E isso se mostra com a nova edição da Revista Tertúlia. Alunos autores de seus próprios textos. Ninguém está falando por eles. Muito pelo contrário, são os estudantes que se usam da escrita para agir socialmente. Ora para viajar nos sonhos e contos de fada, ora para denunciar realidades cruéis como o abuso sexual e a violência urbana. Escrever é tão importante quanto ler. E isso é o que diferencia a Flirede de outras festas literárias”, explicou Patrícia.
A professora acrescentou que outra prática da Flirede ocorrerá no dia 03 de dezembro, às 7h, com o circuito recreativo “Jogo Coração na Mão”, que se dará no Estádio Governador Ernani Sátyro (Amigão), quando as escolas estaduais que compõem o “Desengaveta meu Texto” estarão presentes.
A Feira está sendo efetivada desde agosto e segue até o dia 05 do próximo mês, contemplando as 14 Gerências Regionais de Ensino (GRE) da Paraíba com inúmeras frentes de atuação. Entre elas figuram inauguração e reinauguração das bibliotecas das escolas estaduais; leitura de livros nas praças; momentos de leitura de poemas em hospitais, instituições de caridade e lar de idosos, bem como homenagens aos escritores selecionados democraticamente pelas GRE, que visitaram as escolas e foram estudados nelas. Outras informações sobre a Flirede em Campina podem ser obtidas pelo telefone (83) 98803-1503.