Pró-Reitoria de Cultura da UEPB incentiva participação em 1ª Feira Online de Literatura de Cordel
A pandemia do Novo Coronavírus afetou bastante aqueles que vivem do fazer artístico. Com os cordelistas não foi diferente: muitos se mantêm exclusivamente das vendas do material que criam e elas caíram drasticamente no último ano. Pensando nisso, a Nordestina Editora, situada em Barreiras (BA), desenvolve até o próximo domingo (05) a “1ª Feira Online de Literatura de Cordel”. A Pró-Reitoria de Cultura (PROCULT) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) está fazendo uma divulgação nesse sentido, para incentivar a participação na atividade.
A Feira não tem fins lucrativos e foi idealizada por Zeca Pereira, fundador da Nordestina Editora. O evento é apresentado pelo poeta Capitão Jack e ocorre no canal da Editora, no Youtube, em dois períodos: das 12h às 14h e das 18h às 20h. Cada cordelista conta com 10 minutos para oferecer o seu material à plateia e os autores ficam responsáveis por propagar os seus contatos aos interessados em adquirir os cordéis.
Conforme Zeca Pereira, a Nordestina Editora entrou no mercado em março de 2016, com a finalidade de resgatar alguns títulos dos pioneiros do cordel e editar escritos de cordelistas ainda pouco conhecidos do público. Zeca explicou que durante esses anos de trabalho, ela tem dado uma contribuição significativa ao setor, tendo publicado inúmeros folhetos e antologias em nível nacional, além do “Dicionário Bibliográfico de Cordelistas Contemporâneos”, uma extensa obra que dispõe da criatividade de mais de 200 poetas.
A Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVPB), parceira da PROCULT em vários empreendimentos, está presente no evento, através de seus poetas. Um deles é Neto Ferreira, que vê a atividade como muito importante para reforçar a divulgação nas mídias sociais e possivelmente impulsionar o fluxo de vendas.
O poeta Jota Lima também participou da Feira. Para ele, a ação configura-se como uma ocasião oportuna para dar visibilidade ao trabalho dos autores. “Sobretudo nesse momento, já que muitos vivem estritamente da comercialização dos cordéis”, assinalou.
Texto: Oziella Inocêncio