MAPP encerra programação junina com a presença de mais de 5 mil pessoas

Quadrilhas, xote, baião, feiras de artesanato, comidas típicas e até o chorinho foi forrozado: a criatividade regional brilhou na programação junina do Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande. Estima-se que mais de 5 mil pessoas estiveram no local durante os fins de semana de junho.
Segundo o diretor do Museu, professor José Pereira da Silva, o MAPP já se consolidou como um espaço cotidiano no São João da cidade, anualmente recebendo diversas atividades características ao período. “Em 2025, nos organizamos para fazer uma festa alternativa ao Parque do Povo, com uma tônica mais voltada ao que é nordestino, tradicional. Buscamos oferecer um ambiente familiar e acolhedor. Tivemos um público muito significativo. Houve oportunidade, também, para o ecletismo, inclusive com seresta e DJ’s, conferindo uma nova roupagem ao coco de roda, por exemplo. Encerramos a programação com a certeza do dever cumprido, agradecendo a todos que participaram e colaboraram”, disse.
O “I São João de Brincantes” começou no MAPP no dia 6 e a partir daí todos os finais de semana de junho – incluindo as sextas-feiras – ganharam eventos diferenciados. A iniciativa foi pensada para celebrar a cultura popular em sua forma mais autêntica e se alinhou à 4ª edição do São João da Resistência, promovida pela Pró-Reitoria de Cultura (Procult) da Instituição, no dia 21, tendo como atração o cantor Carlos Perê, a Quadrilha Arraiá do 40 e o Grupo Maria Lampião. “Junho é um período cultural muito forte no Nordeste e em Campina, e todos os anos proporcionamos uma celebração distinta daquela do Parque do Povo e que é vendida na cidade. Entendemos como essencial para a Universidade estar atenta a esta configuração, incentivando o diálogo nesse sentido, principalmente no que trata de valorizar mais nossos artistas, para que o regional não seja secundarizado”, afirmou o pró-reitor de Cultura da UEPB, professor José Cristóvão de Andrade. Ele acrescentou que o evento homenageou, ainda, duas personalidades especialmente juninas da Rainha da Borborema: o sanfoneiro Gabriel Couto (in memoriam) e Zé do Pife.
O “I São João de Brincantes” é uma iniciativa oriunda da Associação de Juventudes, Cultura e Cidadania (AJURCC), em parceria com o Comitê de Cultura da Paraíba, o Centro de Ação Cultural (Centrac), o MAPP e o projeto Campina de Brincantes 2025. Conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, Governo da Paraíba, Apibimi e Vila Sítio São João. De acordo com o produtor cultural da Associação, Fredi Guimarães, a atividade superou as expectativas. “O nosso objetivo foi alcançado, nesta primeira edição. O propósito era justamente dispor de um espaço diferente daquele oferecido no Parque do Povo, para que as pessoas, antes de conhecerem o Maior São João do Mundo, tivessem acesso a espetáculos que privilegiassem a cultura regional. Nesse primeiro momento, a ideia era sentir como seria a recepção do público e depois identificar os melhores horários, para desenvolver uma programação mais ajustada e ampla, fazendo do Museu um verdadeiro ponto de encontro junino. Nós da AJURCC ficamos bastante satisfeitos com o resultado e, nos próximos anos, esperamos ter edições cada vez mais alinhadas à perspectiva de receber o turista”, finalizou.
Inseridos na programação do MAPP figuraram, ainda, entre outros, o Grupo Chorata, com a promoção do Palco do Choro Junino e a participação do “Forro do Nó”, a Feira Múltiplos Criativos, coordenada por Reges Gonçalves, a Feira do Coletivo, tendo à frente Fabiana Miná, e a 2ª edição do “Forró do Livro e da Cidadania”, feita pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB).
Texto: Oziella Inocêncio
Fotos: Carla Batista (Divulgação)