19º Festival Comunicurtas UEPB segue com exibição de reportagens da mostra Tropeiros de Telejornalismo

Produções de qualidade, reportagens de alto nível, produzidas por jornalistas e estudantes de jornalismo prestes a entrar no universo do mercado de trabalho. O segundo dia do 19º Festival de Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas UEPB foi marcado pela mostra Tropeiros de Telejornalismo. Ela foi exibida direto do Auditório III da Central de Integração Acadêmica Paulo Freire, no Câmpus I, mas foi transmitida ao vivo pelo Canal Rede UEPB no Youtube.

Ao todo, 10 reportagens foram selecionadas e concorrem na mostra, abordando temas diversos nas áreas da cultura, esporte, meio ambiente, gênero e pobreza. Foram exibidas as reportagens “Rock nos dias atuais”, “Luz, câmera, extensão”, Patrimônio, Educação e Museus”, “1° episódio da série Sangue, silêncio e sobrevivência: uma série sobre a pobreza menstrual”, “Luto na Música: morre cantor e compositor Biliu de Campina”, “Mestra Ciranda Odete de Pilar”, “Público: LGBTQIA+ é destaque nas quadrilhas juninas”, “Espigões na Orla”, “Paixão Esporte Clube: Gabriel é a grande inspiração”, “Geraldo do Babau” e “Artista Visual Matheus Matias”.

Além da presença de alguns realizadores, de estudantes, professores(as) e convidados(as) presentes na plateia, as 10 reportagens tiveram uma atenção maior de três jornalistas que foram convidados para atuar como jurados e com a missão de escolher o melhor trabalho. Com olhos fixos para a tela, a jornalista Juliana Marques, doutora em Ciências da Informação, integrante da Coordenadoria de Comunicação da UEPB e representante da Instituição no Programa de Combate à Desinformação, do Supremo Tribunal Federal (STF), e os jornalistas Aldair Rodrigues e Raul Ramalho, acompanharam cada detalhe das reportagens. Após a exibição das 10 reportagens da mostra de Telejornalismo, aconteceu um debate com alguns dos(as) realizadores(as) presentes no evento.

Coordenadora da Mostra, a jornalista Luciellen Lima, da Coordenadoria de Comunicação da UEPB, destacou a qualidade das reportagens selecionadas, bem como a forma como o Festival trata todos os trabalhos inscritos, de forma democrática, possibilitando a profissionais e estudantes de Jornalismo que concorrerem com as mesmas chances e critérios.

“Este é um momento especial tanto para a academia quanto para o pessoal que está no batente produzindo bons trabalhos. Nessa mostra a gente consegue convergir e reunir quem está fazendo um Jornalismo com qualidade, além de ter essa integração entre os próprios realizadores, entre os próprios jornalistas nessa troca de ideias e experiências. Sempre é uma mostra de alta qualidade, mostrando o que se está fazendo de melhor, principalmente na Paraíba, mas também com reportagens de outros estados”, destacou.

A expectativa maior era dos realizadores que viram no festival uma forma de reconhecimento ao seu trabalho. O cineasta Boanerges Guedes, concorre com a reportagem “Luz, câmera, extensão: Patrimônio, Educação e Museus”. O trabalho mostra como funcionam os projetos de extensão na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Eu estou muito feliz em participar do Comunicurtas UEPB. É um dos festivais que eu sempre tive vontade de participar. Esse é o episódio piloto de uma série. O projeto em si foi uma viagem que o pessoal fez para Currais Novos em um museu para conhecer o Geoparque do Seridó”, observou.

Surpresas por ter a série sobre pobreza menstrual selecionada para a mostra, ficaram as jornalistas Luana Lima e Ericka Pereira. Elas produziram a série quando ainda eram estudantes de Jornalismo da UEPB. A série foi divulgada nas redes sociais e em um canal no YouTube. “Isso para a gente foi a realização de um sonho. Quando a gente iniciou o projeto não tinha dimensão do que ele ia se tornar. Transformar esse projeto em uma série e mostrar inclusive, dentro da academia, onde a gente se incorporou, foi especial demais”, comentou Luana.

O jornalista Raul Ramalho conhece bem a história do Comunicurtas UEPB. Ele acompanha o festival desde a primeira edição, tendo visto a iniciativa voltada para o audiovisual nascer quando ele ainda era estudante de Jornalismo. Ao longo dos anos, atuou como jurado e até concorreu a uma das edições na mostra de Telejornalismo. Na edição deste ano, recebeu a missão de atuar como jurado e garante que a responsabilidade é grande em escolher o melhor trabalho em meio a boas reportagens.

“Fico muito feliz de poder participar do evento do Comunicurtas UEPB. Um evento que já está consolidado e que foi criado na época em que eu estava na Universidade. O festival cresceu, se multiplicou, ganhou um apoio institucional importante da UEPB. Então, fico muito feliz de participar, podendo avaliar esses conteúdos que são muito importantes, pois representam olhares, visões externas, diferenciadas no contexto do telejornalismo. Os conteúdos abordam temas importantes, impactantes e são feitos de forma inovadora”, afirmou o jornalista.

Coordenador geral do Comunicurtas UEPB, o jornalista Hipólito Lucena, coordenador de Comunicação da UEPB, reafirmou que o Festival tem se reinventado a cada ano e cumprido o seu papel, sendo que nesta edição está mais abrangente. Hipólito também enalteceu o empenho e esforço de toda equipe da CODECOM e colaborar para o êxito do Festival. “Em cada edição a gente procura sempre dinamizar de acordo com a realidade e atento a transformação da sociedade, em particular para o audiovisual. A gente sempre faz esse recorde de trazer o festival adaptando-o com a realidade de Campina Grande e em sintonia com o que está acontecendo no Brasil e no mundo, em termos de festival e produção”, observou.

Em meio às dificuldades que é realizar um festival desse tamanho, Hipólito disse que este ano o Comunicurtas UEPB conta com o apoio e patrocínio da Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa), além da Lei de Incentivo à Cultura Paulo Gustavo, graças a aprovação de um projeto junto à Secretaria da Cultura do Estado, utilizando recursos do Ministério da Cultural. Hipólito destacou ainda que o Festival está forte e empolgante, com todo mundo que está participando. “Isso facilitou a gente ampliar o Festival e envolver e trazer mais pessoas, dando melhor condição e possibilidade de estender as atividades para vários espaços da cidade, como oficinas, mostras e outras ações”, observou.

Em sua 19º edição, o Festival de Audiovisual de Campina Grande acontece de forma descentralizada e ampliado com atividades em diversos espaços da cidade. Com tema “Imagem-cidade-movimento” o Comunicurtas UEPB 2024 conta com as mostras Tropeiros da Borborema; Brasil; Estalo; Tropeiros de Telejornalismo; Som da Serra; Tropiqueers; e Território e Liberdade. A mostra Cine Teia é a mostra não competitiva que irá exibir produções de Pontos e Pontões e Cultura de todas as regiões brasileiras.

A programação do 19º Festival de Audiovisual de Campina Grande reservou ainda para esta terça-feira (19) a Sessão “Viva a Consciência Negra”, com a Sessão Especial e apresentação cultural do grupo Círculo de Tambores (UFPB) e IrrigaTerra. À noite, a partir das 18h, aconteceu a mostra especial Cine Teia, com os filmes “Gigantes de Palmas”, de Wertem Nunes, Taquaraçu, Palmas (TO), e “ O caminho do Grilo”, de Hipólito Lucena, Campina Grande (PB).

Sempre valorizando as produções audiovisuais, a programação do Festival segue até o domingo (24) com oficinas, debates, palestras, workshops, e exibições no Sesc Centro, Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), Central de Integração Acadêmica Paulo Freire e em algumas escolas da cidade. Toda programação é gratuita. A aguardada premiação será realizada no último dia do Festival, às 17h30, no MAPP, seguida da cerimônia de encerramento.

O Comunicurtas UEPB é um festival que fomenta debates sobre o mundo audiovisual, com atividades gratuitas a exemplo de palestras, workshops, debates e oficinas. O Festival consiste na difusão e exibição de filmes e vídeos de curta e longa-metragem locais, regionais, nacionais e internacionais, das áreas de cinema, jornalismo e publicidade.

A 19ª edição do Festival Comunicurtas UEPB é uma realização da Universidade Estadual da Paraíba, em parceria com a Ypuarana Cultural e patrocínio da CAGEPA, Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Paraíba e Ministério da Cultura, por meio da Lei Paulo Gustavo.

Texto e fotos: Severino Lopes