1º Seminário de Cultura e Artes promove debate sobre legado de ações culturais inclusivas na pandemia
A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) enfrentou a pandemia da Covid-19 com protagonismo. Aceitou desafios, criou procedimentos alternativos e iniciativas de suporte não apenas à comunidade acadêmica, mas à sociedade em geral, orientou e regulou com eficácia as práticas administrativas e acadêmicas. Tudo feito com a preocupação de manter um ambiente institucional seguro e saudável no contexto da crise sanitária. E, como todos os setores da Universidade, a Pró-Reitoria de Cultura (PROCULT), seguiu com as suas atividades.
Várias ações aconteceram nesse ínterim. As aulas do Centro Artístico Cultural (CAC) prosseguiram de forma on-line, exposições e “lives” foram realizadas no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), projetos como o “Cordel no Museu” tiveram edições diferenciadas, e mais do que isso: a PROCULT, conhecida pela sua presença na sociedade como um todo, e, notadamente, junto aos trabalhadores e ativistas da Cultura, esteve em inúmeros eventos promovidos por diversas entidades, sendo a mais recente uma homenagem aos capoeiristas de Campina. Para avaliar e discutir esse conjunto de propostas, desenhado e executado em meio a esse panorama adverso, a PROCULT desenvolve a partir desta quarta-feira (17), o 1º Seminário de Cultura e Artes da UEPB: legado de ações culturais inclusivas na pandemia.
O evento, que terá um formato híbrido e será transmitido via Coordenadoria de Comunicação, (CODECOM), pelo Canal Rede UEPB no Youtube, vai até a sexta-feira (19), com uma programação que contempla apresentações culturais e mesas de diálogo, com a participação de docentes e pesquisadores da UEPB e de outras instituições de ensino superior, bem como de artistas e representantes de entidades culturais, além dos demais interessados no tema.
Políticas Culturais
Pró-reitor de Cultura da UEPB, o professor José Cristóvão de Andrade detalhou como função principal do Seminário estabelecer um maior diálogo com a comunidade acadêmica e a sociedade, acerca das políticas culturais da Instituição nesse período. “A UEPB dispõe de uma verdadeira tradição quando se fala em inclusão social e patrimônio cultural, basta pensarmos nos núcleos de cultura presentes nos câmpus, na riqueza dos nossos acervos, nas bibliotecas, a exemplo da Átila Almeida, nos maravilhosos equipamentos culturais que possuímos, como o CAC e o MAPP, e no compromisso que a Instituição tem com a gratuidade, seja em cursos e exposições, seja em eventos na área. A UEPB também conta com uma história de apoio aos movimentos culturais, está praticamente envolvida em todas as ocasiões que acontecem na cidade e na região, relacionadas a isso”, assinalou.
Andrade afirmou, ainda, que através do Seminário a UEPB ampliará sua participação social no segmento, trazendo debates, mobilizando a PROCULT e seus instrumentos, bem como todos aqueles que integram o fazer artístico local. “Não tenho dúvida sobre quão necessária será a Arte no chamado pós-pandemia, então também se faz primordial vislumbrar isso, apontar caminhos a partir do que já foi feito até aqui”, acrescentou.
A Coordenação do evento é composta pelo pró-reitor de Cultura; o pró-reitor adjunto e diretor do MAPP, José Pereira da Silva; a curadora de Cordel do MAPP, Joseilda Diniz; o curador de Música do MAPP, Sandrinho Dupan; a diretora do CAC, Patrícia Lucena; o diretor do Grupo de Tradições Populares Acauã da Serra, Agnaldo Barbosa; o professor do curso de Violão do CAC, Caio César; e os servidores da Procult, Igor Carvalho, Uirá Agra e Luan Medeiros.
Programação e inscrições
O Seminário é aberto e gratuito e as inscrições podem ser feitas aqui. Os participantes receberão certificado. A abertura acontecerá às 18h, com apresentações culturais e a participação da vice-reitora da UEPB, professora Vânia Fonseca. A solenidade contará com os poetas Lino Sapo e Jota Lima, a Orquestra Sanfônica da UEPB, em Monteiro, o pró-reitor de Cultura e o professor José Pereira da Silva, o diretor da Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), Cidoval Morais, a coordenadora da Biblioteca de Obras Raras Átila Almeida (BORAA), Valéria Soares e Silva e o maestro Claudinho de Monteiro, professor de sanfona no Câmpus VI.
O debate do dia discorrerá acerca do tópico “Políticas Culturais na Universidade Pública Brasileira/ Ações Culturais e Interação Social no Contexto da Pandemia”, tendo como componentes o professor Marcos Dias Coelho (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB), e os produtores culturais Anna Rodrigues (Universidade Federal de Alagoas – UFAL) e Thiago Rodrigues (Universidade Federal do Cariri – UFCA). A mesa será coordenada por Igor Carvalho, com mediação da professora Joseilda Diniz.
Na quinta-feira (18), a partir das 18h, serão promovidas várias mesas de diálogo. A primeira, denominada “UEPB – Ações culturais e reinvenções na pandemia: Teatro/Dança/Música/Artes Visuais”, terá como participantes os professores do CAC, Chico Oliveira, Caio César, Roberto Gomes e Waleska Rocha. A mediação é do professor Agnaldo Barbosa. A segunda mesa inicia às 19h30, abordando o tópico “Poesia Popular/Artesanato Popular e Museologia/Obras Raras Átila Almeida”, com Joseilda Diniz, Sandrinho Dupan, Valéria Soares e José Pereira da Silva. A mediação é do poeta e pró-reitor adjunto da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP), Josenildo Lima.
Já às 20h30, haverá a mesa “Vozes e Falas dos Ativistas Culturais”, tendo como cerne a presença de Eneida Agra Maracajá, presidente do Instituto Solidarium e fundadora do Festival de Inverno de Campina Grande, bem como de Ronildo Cabral, Juliane Cássia, Sérgio Nascimento, Alfranque Amaral e Evaldo Batista (Mestre Morcego) – todos ligados ao movimento cultural local. A mesa será mediada pelo professor Andrade.
Na sexta-feira (19), o encerramento do 1º Seminário de Cultura e Artes da UEPB será efetuado pela vice-reitora da UEPB, professora Ivonildes Fonseca. A noite terá como exibições artísticas o “Tributo ao Palco do Choro”, pelo Grupo Chorata, e uma apresentação de JB do Coco e Grupo Tirinete.
A última mesa da iniciativa é intitulada “A importância da formação para o artista”. Nela estarão o coordenador de Cultura do Sesc Centro Campina Grande, Álvaro Fernandes, e os professores Duílio Cunha (Universidade Federal de Campina Grande – UFCG) e Diógenes Maciel (UEPB). A mediação é do ator e professor Chico Oliveira.
Confira a programação completa abaixo.
Texto: Oziella Inocêncio
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