3º Seminário de Cultura e Artes da UEPB reúne conhecimento e difusão de atividades artísticas
A Pró-reitoria de Cultura (PROCULT) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) promove até sexta-feira (8), o 3º Seminário de Cultura e Artes da Instituição. A iniciativa se integra às ações do 4º Congresso Universitário da UEPB, evento que promete reunir as mais diversas esferas do conhecimento, agregando a comunidade acadêmica da Instituição e externa a ela, interessada em conhecer a Universidade. O Seminário almeja ampliar, realçar e difundir as atividades do setor, sempre tendo a Cultura e a Arte como eixos centrais, ladeadas pelo Ensino, a Pesquisa e a Extensão.
Nesses três dias, os(as) participantes poderão conferir dezenas de práticas, como palestras, oficina, minicurso, mesa de diálogo, exposições, exibições musicais, de dança e teatro, entre outras — tudo gravitando ao redor da temática “Cultura, Cidadania e Inclusão Social”. “Entendemos que não se faz a primeira, sem a segunda e terceira. Assim, nosso intento é que estejam cada vez mais próximas. Sabemos da importância delas para uma sociedade igualitária, democrática, que respeita e celebra as diferenças. É nesse local de humanidade que queremos habitar e isso só é possível quando o saber está alinhado à sensibilidade e, genuinamente, há a vontade de que todos possam fazer parte desse movimento”, disse o pró-reitor de Cultura, professor José Cristóvão de Andrade.
A programação abrange vários pontos da UEPB, como a Central Acadêmica Paulo Freire, o Departamento de Educação Física (DEF), a Universidade Aberta à Maturidade (UAMA) e o Centro de Ciências Jurídicas (CCJ). Na quarta-feira (6), estão previstas exposições contemplando a obra de Lili Brasileiro (in memoriam), que foi por décadas professora do Centro Artístico (CAC) da UEPB, além de mostra de vídeo, artesanato, cordéis, apresentações musicais e de dança, cortejo de maracatu e o minicurso “A UEPB diante das políticas culturais inclusivas, resistência nas vozes, saberes e cantos nordestinos”.
Na quinta-feira (7), a partir das 10h30, haverá o seminário “Políticas Culturais e Inclusão Social”, no auditório 3 da Central de Aulas, bem como atrações cênicas. Também é aguardada uma oficina de cordel voltada à construção da memória dos mestres e mestras da cultura popular, às 14h. Já na sexta-feira (8), às 9h, no mesmo local, ocorrerá a roda de diálogo intitulada “A UEPB diante das políticas inclusivas: o enfoque de resistência nas vozes, saberes e cantos nordestinos”. Às 15h se procederá com a palestra de encerramento e apresentações culturais.
À frente do 3º Seminário de Cultura e Artes estarão o professor Andrade e o pró-reitor adjunto de Cultura, professor José Pereira da Silva, também diretor do Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP). A parte musical da iniciativa ficará a cargo do Grupo Chorata, do Acauã da Serra e do cantor Caio Czar. Espera-se uma participação maciça da comunidade cultural campinense, já que na programação figuram lideranças na área, a exemplo da idealizadora do Festival de Inverno e presidente do Instituto Solidarium, Eneida Maracajá, representantes do Sesc Campina e do Ministério da Cultura (MinC), bem como daqueles que trabalham ou pesquisam os temas abordados, como as professoras Joseilda Diniz, Ligia Pereira, Goretti Sampaio, Ada Guedes (Programa Campina Cultural) e Gilda Carneiro (Faculdade de Linguística, Letras e Artes – FALLA); o produtor cultural José Luan da Costa; os poetas Chico de Assis e Alfrânio de Brito; o jornalista Xico Nóbrega; o diretor do Acauã da Serra, Agnaldo Barbosa; o cordelista Jota Lima, igualmente pró-reitor adjunto de Recursos Humanos da UEPB; Alinderberg Araújo, oriundo do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão/NAI – CEDUC; e integrantes da Biblioteca de Obras Raras Átila Almeida (BORAA). Conta-se, ainda, com a presença de convidados, como o chefe de gabinete da Reitoria, professor Luciano Albino; o diretor da Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), professor Cidoval de Sousa; e Wanderley de Brito, do Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG), entre outros.
Exposição Eco Arte
A partir da noite de quarta-feira (6) estará em cartaz a exposição de gravuras de artistas latino-americanos denominada “Coleção Eco Arte da UEPB/Rio 92”, na Biblioteca e no hall do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Instituição. O horário de visitação ocorre durante o período de expediente do Centro.
São ao todo 25 gravuras doadas à UEPB, sendo que a primeira versão do evento aconteceu há mais de 10 anos. Patrocinada pelo Banco Bozano Simonsen, ela reuniu 50 pintores brasileiros e 70 das Américas, cujo cenário de criação foi a mobilização nacional ao redor da Conferência das Nações Unidas, abrangendo tópicos como Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Naquela oportunidade, a exposição Eco Arte juntou 120 obras de artistas nacionais e estrangeiros, dispostas em alguns eixos temáticos, a exemplo de “arte denunciatória”, “cores da esperança”, “paisagens interiores e exteriores”, e “mistérios inquietantes”. Ao final da conferência da ONU, o Banco doou 25 gravuras para várias instituições renomadas no Brasil, estando a UEPB entre elas.
“As denúncias feitas por esses artistas são mais atuais do que nunca, basta observarmos os retrocessos na agenda referente ao equilíbrio ecológico, especialmente por parte das grandes potências mundiais, os EUA, Rússia e China, países considerados os maiores poluidores do planeta e os que menos avançam em relação ao compromisso de sustentabilidade”, enfatizou o professor Andrade.
Projeto Solte a Voz: descobrindo os talentos culturais da UEPB
O stand da PROCULT, situado na Central de Aulas, soma-se à programação, desenvolvendo atividades variadas. “Ele é um pouco do que é a PROCULT. Traz uma amostra de cada coisa que a Pró-reitoria de Cultura tem. Há um tablado com a disponibilidade de alguns instrumentos musicais, em horários específicos, para que os estudantes possam ir lá e conhecer melhor, ambientando-se nas oficinas de arte que o setor oferece. O local apresenta, além disso, uma série de materiais, em áudio e vídeo, para que a população acompanhe um pouco do que é produzido, notadamente a partir do CAC e do MAPP. É um espaço de socialização, bem como de debater e conversar sobre cultura”, contou o servidor da PROCULT, Alberto Alves.
O stand também abriga o “Projeto Solte a Voz”, com o objetivo de encontrar, no âmbito da comunidade acadêmica, artistas da dança, da música, das artes cênicas, do artesanato e das diversas expressões criativas da região. “Nosso propósito é descobrir novos talentos na UEPB, para a realização de um festival, posteriormente. E, nessas primeiras atividades, desejamos homenagear, in memoriam, o estudante de Filosofia da UEPB e compositor Robério Chaves. Ele foi o idealizador da Banda Jackson Envenenado, da cidade de Alagoa Grande, e era da orquestra da Polícia Militar. Queremos saudar e lembrar a linda colaboração deixada por ele para a música paraibana”, informou o pró-reitor de Cultura.
Texto: Oziella Inocêncio
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