AD Scientific Index 2023 cita 52 pesquisadores da Universidade Estadual com produções científicas de impacto

O AD Scientific Index, sistema de classificação científica, ranqueou 52 pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) com produções científicas mais citadas pelo Google Acadêmico. Docentes do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação listados comentaram a importância social e científica do ranking.

O ranking deste ano foi lançado em abril, trazendo a lista dos pesquisadores mais influentes no mundo de acordo com o sistema. A professora Dilma Trovão, do Departamento de Biologia, explicou que o AD Scientific Index é uma espécie de ranking onde os pesquisadores mais citados no Google Acadêmico aparecem, sendo calculada a pontuação de cada um de acordo com a repercussão dos seus trabalhos.

“Quando a lista sai, universidades e centros de pesquisa a repercutem, para que além da visibilidade no mundo científico esses nomes sejam reconhecidos pelo papel que desempenham nas suas áreas de pesquisas e para a sociedade em geral”, disse a docente. Foram citados três docentes pertencentes ao Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação (PPGEC): Dilma Maria de Brito Melo Trovão, Maria Avany Beserra Gusmão e Rômulo Romeu Nóbrega Alves.

O professor Rômulo Alves foi lembrado pela professora Dilma como uma figura comum em listas de alto impacto em publicação científica, inclusive estando entre os mais citados do país. “Ele é figura frequente em nossas postagens sobre ciência e seu trabalho já rendeu moção de aplauso pelo Consuni e também na Assembleia Legislativa da Paraíba, reconhecimentos dados devido ao impacto mundial que suas publicações têm na ciência”, acrescentou.

O professor Rômulo Alves trabalha na área de Etnoecologia e Conservação e desenvolve parcerias com outras instituições de pesquisa no país e no exterior. As professoras Dilma Trovão e Avany Gusmão já apareceram na lista de 2022 e são bastante atuantes nas suas áreas de pesquisas, Ecologia/Ecofisiologia de Caatinga e Ecologia de Térmitas respectivamente.

Mulheres na ciência
A docente Dilma Trovão relatou que fazer parte dessa lista é algo que a orgulha bastante. “Significa que a ciência produzida não fica restrita às paredes das instituições de pesquisas e aos periódicos científicos, mas que ela atinge um público mais amplo, onde não só os cientistas têm acesso, é uma ciência democrática, é uma ciência lida. Aparecer na lista é sair da caixa e atingir o verdadeiro sentido da ciência, servir ao planeta e, portanto, a todos os seres e ambientes”, disse. A pesquisadora citou ainda que o desafio de ser mulher e mãe e estar em uma região do país que não recebe muitos incentivos financeiros para o desenvolvimento da ciência tornam ainda mais importante figurar nessa lista.

Já a professora Avany Gusmão relatou que fazer parte dos integrantes desse ranking é algo que a deixa enaltecida. “Representa o reconhecimento de muito esforço empreendido e, ademais, impulsiona outras pessoas – especialmente as mulheres cientistas – a persistirem no desejo do fazer ciência, apesar dos inúmeros obstáculos”, afirmou.

Sobre o ranking
Usando um total de nove parâmetros, o AD Scientific Index mostra a classificação dos cientistas por 11 disciplinas: Agricultura e Silvicultura, Artes, Design e Arquitetura, Negócios e Gestão, Economia e Econometria, Educação, Engenharia e Tecnologia, História, Filosofia, Teologia, Direito/Direito e Estudos Jurídicos, Ciências Médicas e da Saúde, Ciências Naturais, Ciências Sociais e Outras.

O AD Scientific Index (Alper-Doger Scientific Index) afirma que, ao contrário de outros sistemas que fornecem avaliações de periódicos e universidades, é um sistema de classificação e análise baseado no desempenho científico e no valor agregado da produtividade científica de cientistas individualmente. Este novo índice foi desenvolvido em 2021 usando os valores totais e dos últimos 6 anos do índice i10, índice H e citação pontuações no Google Acadêmico.

Confira a lista com os 52 pesquisadores da UEPB citados aqui. Mais sobre o ranking em https://www.adscientificindex.com.

Texto: Juliana Rosas