Camisas à venda: Bloco da Cinquentinha será realizado no dia 27 deste mês no Museu de Arte Popular da Paraíba

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No dia 27 deste mês, a partir das 16h, serão iniciadas as atividades do Bloco da Cinquentinha, que é realizado pela Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Em 2025, a iniciativa completa 10 anos, por isso a expectativa é comemorar o Carnaval com alegria redobrada. O evento é gratuito e terá como sede o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), em Campina Grande.
As camisas do Bloco já estão à venda, no Centro Artístico Cultural (CAC) da UEPB, de segunda a sexta-feira, no horário das 8h às 12h. Informações adicionais podem ser fornecidas pela diretora do local, Patrícia Lucena, através do telefone (83) 99885-1555. O CAC é localizado na Avenida Presidente Getúlio Vargas, n°44, no Centro de Campina (por trás dos Correios).

Conforme a Comissão Organizadora do Cinquentinha, a programação está sendo finalizada nos próximos dias. Como de costume no Bloco, os participantes da folia devem esperar o formato de “Carnaval Tradição”, com muitas marchinhas, confete, serpentina e fantasias de todo tipo. O público, aliás, é sempre bastante diversificado: além de alunos, professores e técnicos da UEPB, engrossam o caldo festivo artistas da cidade, entusiastas do Carnaval, ONG’s variadas e transeuntes que vão se juntando à celebração.

Idealizado pelo então pró-reitor adjunto da Procult, professor José Benjamim Pereira Filho, o Bloco da Cinquentinha surgiu como uma ação da UEPB para valorizar o carnaval de rua e promover a integração da comunidade acadêmica com a cidade. A proposta também era festejar os 50 anos da Universidade de um jeito diferente. Aos poucos, a iniciativa se consolidou como um dos blocos mais queridos e aguardados do período, arrastando foliões de todas as idades.

“Eu amo a palavra palhaço” — Para comemorar em grande estilo uma década de atividade, o Bloco da Cinquentinha homenageará Manoel Cabral da Silva, o Major Palito [1932-2016], artista circense que se eternizou na Rainha da Borborema, especialmente pela dedicação genuína ao que fazia: na maioria das vezes, os espetáculos que ele promovia aconteciam por amor à arte, ninguém pagava para assistir. Nas entrevistas, Palito costumava repetir: “Eu amo a palavra palhaço, minha casa é o circo”.

Especialmente quem cresceu em Campina Grande tem alguma lembrança de Major Palito e, segundo a Comissão Organizadora, a escolha dele como laureado teve em vista reconhecer a importância de seu legado artístico para a cidade e para a memória afetiva dos campinenses. Assim, a ideia é levar ao MAPP um tributo cheio de cores, música e nostalgia, lembrando as performances carismáticas de Major Palito, seus inconfundíveis figurinos e sua alegria contagiante.

Texto: Oziella Inocêncio