Campanha “As mulheres querem viver” promove mesa de debate no Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas
Administração, Ciência da Computação, Física e Matemática. Estes são os cursos de graduação do Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas (CCEA), Câmpus VII da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Cursos majoritariamente da área de ciências exatas e que, historicamente, constituíram-se de estudantes do sexo masculino, em sua maior parte. E este público foi metade da audiência da apresentação da campanha “As mulheres querem viver”, do Observatório do Feminicídio Bríggida Lourenço, nesta quarta-feira (21), no Auditório Celso Furtado. Como foi ressaltado na atividade, a luta contra a violência doméstica diz respeito a toda a sociedade, não apenas às mulheres.
Uma maior participação de homens do que se costuma ver em ações do tipo e discussões sobre violência contra mulheres foi relatado pela professora Ivonildes Fonseca, vice-reitora da UEPB e coordenadora do Observatório do Feminicídio; e pela delegada Sílvia Gomes, responsável pela Delegacia da Mulher do município de Patos e uma das palestrantes convidadas do evento. “Uma palestra dentro da UEPB foi inédito para a nossa delegacia, que costuma fazer este tipo de ação em instituições públicas e privadas. Tivemos uma audiência praticamente igualitária de homens e mulheres e dúvidas que demonstraram interesse no tema”, relatou a delegada Sílvia.
Desde o semestre passado, o Observatório do Feminicídio vem apresentando a campanha “As mulheres querem viver: sem violência doméstica, sem importunação sexual e sem feminicídio”, em diferentes setores e câmpus da Instituição. Na quarta-feira (21), a ação no Câmpus de Patos teve participação das professoras e integrantes do Observatório, Terlúcia Maria da Silva, Shirleyde Alves dos Santos, Margareth Maria de Melo; e palestras da delegada Sílvia Gomes e Brígida Emmanuelli Andrade, secretária de Políticas Públicas para a Mulher, de Patos.
“Tivemos uma participação muito boa, muitos rapazes estudantes na plateia, além da presença de servidores técnicos e docentes. As palestras foram ótimas, foi enfatizado que a questão da violência concerne a todos e deve ser combatido por toda a sociedade. Como foi frisado por uma das convidadas, em casos de violência, devemos não só meter a colher, mas o faqueiro inteiro”, comentou a professora Ivonildes, aludindo à ultrapassada máxima de que em briga de marido e mulher não se deve meter a colher. A vice-reitora registrou ainda s presenças de Fernanda Oliveira, do Movimento Olga Benário; e Samara Oliveira, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
O Observatório do Feminicídio da UEPB visa a divulgação de políticas que favoreçam o desenvolvimento de projetos de pesquisa, extensão e estratégias de combate à violência contra a mulher. A campanha “As mulheres querem viver” foi lançada em junho deste ano, partindo da ideia de estimular a consciência de homens e mulheres sobre os males da violência de gênero, da necessidade de denúncia e busca de redes de atendimento e proteção.
Telefones úteis:
123 – Denúncia e monitoramento (estadual)
180 – Central de atendimento à mulher (nacional)
190 – Polícia Militar/emergência
197 – Polícia Civil/denúncia
Texto: Juliana Rosas
Fotos: Divulgação
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