Colação de Grau do Câmpus de Catolé do Rocha forma 32 novos agrônomos e profissionais de Letras
Uma trajetória marcada por desafios, conquistas e sonhos em solo sertanejo. Na cortina que se abre para o futuro, um novo caminho a percorrer e um horizonte para vislumbrar, alicerçados com as bases sólidas do conhecimento e dos saberes adquiridos ao longo do curso. Com esse sentimento, os formandos do Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), no Câmpus, em Catolé do Rocha, colaram o grau acadêmico e já estão aptos para o mercado de trabalho.
A solenidade de formatura do semestre letivo 2022.2 foi realizada na manhã da sexta-feira (16), no Auditório do CCHA, reunindo professores, coordenadores de cursos e familiares dos concluintes. Ao todo, 32 formandos colaram grau acadêmico, sendo 21 do Curso de Letras, cinco de Agronomia e sete de Ciências Agrárias. Esta foi a última turma do curso de Ciências Agrárias da UEPB.
Presidida pela reitora da Instituição, professora Celia Regina Diniz, a assembleia solene encerrou um ciclo da vida dos formandos e marcou o início de uma nova etapa a ser desenvolvida no mercado de trabalho ou na formação continuada. Compuseram a mesa, ao lado da reitora, o diretor do CCHA, professor Edivan da Silva Nunes; o professor Felipe Cartaxo, coordenador do curso Ciências Agrárias; a professora Maria do Socorro Pinto, coordenadora adjunta do Curso de Agronomia; o professor Rafael José de Melo, coordenador do Curso de Letras; e Maria do Carmo Pereira, representante da Prefeitura de Catolé do Rocha.
A formanda Brígida Alves, do curso de Licenciatura em Letras, prestou o juramento em nome da turma. A formanda Clícia Fernandes da Silva Linhares, do Curso de Letras. Emocionada, foi a Oradora Oficial das turmas e iniciou sua fala agradecendo a Deus pela conquista e aos pais, a quem tratou como guerreiros. Ela fez um relato dos principais momentos da vida acadêmica, frisando que nervosismo, ansiedade, luta, resiliência, sonhos, energias gastas, noites “perdidas” com os estudos e apoio de colegas e professores fizeram parte dessa jornada.
Clícia Fernandes também fez menção a pandemia, que tornou mais desafiadora a caminhada, visto que neste percurso ocorreram perdas irreparáveis. Ela lembrou que “existiram dias nebulosos em que o sol não apareceu. No entanto, as tempestades não foram motivos para desanimar. Ao término, tudo valeu a pena. Todos ganharam maturidade e conhecimentos”. Na sequência, o formando Tibério Fernandes Ferreira, do Curso de Ciências Agrárias, também discursou e destacou que os formandos estavam iniciando um novo ciclo. Ele também fez um relato da história dos formandos da última turma do curso, chamou os concluintes de “sobreviventes” e também citou os efeitos da pandemia na vida dos estudantes.
Após os discursos dos oradores, a Paraninfa Geral das turmas, professora Maria Fernandes Andrade Praxeres externou seu agradecimento aos formandos pela homenagem e desejou êxito aos novos profissionais na nova jornada. Ela destacou os esforços, lutas e perseverança dos concluintes, que enfrentaram todas as dificuldades, principalmente as dores provocadas pela pandemia da Covid-19. “O valor de vocês é único, imensurável. Superem suas expectativas na vida e nos campos profissionais. Realizem seus sonhos na docência e na Agronomia”, aconselhou.
Maria Fernandes pediu aos formandos para exercerem a profissão com ética, respeito, coragem, humanidade, fé, esperança e amor, sem perder a essência da vida. Citando filósofos, escritores e pensadores, destacou que o amor é o único sentimento capaz de levar as pessoas à realização dos objetivos de forma plena.“Não descansem nesta escadaria da vida. Subam os novos degraus e realizem seus sonhos para colher bons frutos no jardim da vida”, disse.
O pró-reitor de Graduação da UEPB, professor Eli Brandão, discursou enfatizando que o dia era de alegria, celebração e esperança. Ele lembrou que, na vida da UEPB, este semestre é de muita colheita, visto que este ano mais de 1.200 graduandos dos oito câmpus devem colar grau. Eli ressaltou que a UEPB tem apostado na transformação social pela educação, formando profissionais críticos, sendo que muitos deles são os primeiros da família a conquistar um diploma superior. Garantir o acesso à universidade pública e a inclusão são missões da Instituição, conforme destacou o pró-reitor, que conclamou os graduandos a defenderem a universidade pública que tem sido atacada nos últimos anos.
O diretor do CCHA, professor Edivan da Silva Nunes, destacou que a colação de grau era sempre um momento especial e um sonho realizado na vida dos formandos. O momento que coroou toda a caminhada acadêmica dos 32 concluintes foi a cerimônia de conferência do grau acadêmico. A primeira a colar grau em nome da turma foi a formanda Carla Sabrina, do Curso de Agronomia. P grau foi conferido pelo coordenador do Curso, professor Felipe Queiroga Cartaxo.
Na sequência, foi a vez do concluinte Alberto de Sousa Nunes colar grau acadêmico em nome da turma do Curso de Ciências Agrárias, com a conferência do grau feita pela professora Maria do Socorro Pinto, coordenadora do Curso. Depois, foi a vez da formanda Aleph Anderson da Silva, do Curso de Letras, receber o grau acadêmico em nome da turma, conferido pelo professor Rafael José de Melo, coordenador do Curso.
Com os graduandos devidamente formados, a reitora Celia Regina Diniz cumprimentou os novos profissionais, os familiares, professores, técnicos administrativos, autoridades e começou sua fala citando o poema de Fernando Pessoa, “Mar português”, como forma de expressar o que foi a caminhada dos formandos ao longo da jornada na UEPB.
Celia fez questão de destacar que a realização do sonho não foi uma tarefa fácil, devido aos inúmeros obstáculos surgidos na vida dos formandos. Como se não bastassem todas as dificuldades, os estudantes ainda enfrentaram uma pandemia, conforme lembrou a reitora, o que levou a Universidade a se reinventar e criar meios para garantir o ensino, a exemplo da implantação do auxílio conectividade.
Ela observou que, ao longo da caminhada, muitas lágrimas foram derramadas, sendo que alguns desistiram enquanto outros permaneceram firmes, mesmo com receio do futuro. A reitora enfatizou que muitas pessoas contribuíram para a realização do sonho dos formandos, principalmente aos pais, que são base e alicerce da vida. Nesse sentido, Celia agradeceu aos pais por confiarem os seus filhos à UEPB, uma universidade inclusiva, comprometida com o povo paraibano.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Paizinha Lemos
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