Colação de Grau do semestre 2022.1 do CCTS forma novos odontólogos, engenheiros civis e físicos
Sonho realizado. Dedicação, esforço, renúncia, sacrifício e a recompensa. Após grande dedicação em uma jornada de quatro anos, os concluintes dos cursos de Licenciatura em Física, Engenharia Civil e do Bacharelado em Odontologia do Centro de Ciências, Tecnologia e Saúde (CCTS) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Câmpus VIII de Araruna, colaram grau acadêmico. Ao todo, 41 novos profissionais foram colocados pela UEPB no mercado de trabalho.
A solenidade do semestre 2022.1 foi realizada na tarde desta segunda-feira (22), na Vila Requinte, em Araruna e reuniu além dos formandos, professores, amigos, familiares dos concluintes e coordenadores dos cursos, além do prefeito de Araruna, Vital Costa e o ex-diretor do CCTS, professor Raimundo Leidimar Bezerra. Presidida pela reitora da UEPB, professora Célia Regina Diniz, a cerimônia começou com a entrada dos formandos por curso, seguido da congregação de professores.
Uma Comissão de honra formada por alunos dos três cursos, conduziu o paraninfo geral da turma, o professor Manuel Antonio Gordón-Núñez, à mesa de honra. Em meio ao clima festivo, o formando Agrício Medeiros Florêncio, do curso de Licenciatura em Física, prestou o juramento em nome da turma, tendo as suas palavras repetidas pelos demais concluintes.
Juramento prestado, os formados se voltaram atentamente para discurso da oradora oficial das turmas. A escolhida foi a graduanda Monielly de Pontes Costas, do curso de Odontologia. Em seu discurso a oradora falou de vitórias e êxitos alcançados pelos concluintes. Visivelmente emocionada, ela destacou que a vida é marcada por vitórias e nem sempre percebemos essas conquistas nas coisas mais simples. Chegar à universidade, destacou a oradora, foi uma vitória e realização de um sonho. Concluir o curso após longa jornada, foi outra vitória. “Apesar de todos os obstáculos, nós persistimos e vencemos. Podemos afirmar que valeu a pena. Daqui estão saindo profissionais humanizados”, disse.
O professor Manuel Antonio Gordón-Núñez fez um discurso emocionado, e lembrou dos tempos em que dirigiu o CCTS. Inicialmente, ele expressou a sua imensa gratidão e alegria pela gentileza dos formandos terem o escolhido para ser paraninfo. O homenageado comparou a trajetória dos formandos na UEPB a um filme. Começou lembrando que todos têm um filme preferido, sendo que no roteiro e cenas da vida, consciente ou inconscientemente, todos participam do principal filme cujo título é “viver”. O roteiro, segundo ele, tem orçamentos caros e exigentes. Nesta comparação com a produção de um filme, o professor Gordon destacou o papel dos pais, responsáveis pela primeira missão de gerar a vida e educar, e posteriormente, ajudar os filhos a realizarem o sonho no grande filme de amor. “O Oscar desse filme da vida, com certeza, suas filhas e filhos o outorgam a vocês”, disse.
Ao se dirigir aos professores, ele destacou que o roteiro também revela que eles existem para ser colaboradores na bela arte do ensino-aprendizagem, e nessa arte, igual ao que ocorre num filme, tem a obrigação de exercer nosso melhor papel, buscando o aperfeiçoamento das nossas personagens, com conhecimento do roteiro, humildade e principalmente, respeito a todos.
Quanto aos formandos, o paraninfo também reservou um papel especial no roteiro do filme da vida real. Ele disse que a solenidade de Colação de Grau é o ápice do filme sonhado e com um final feliz que agora celebram. Professor Gordón-Núñez lembrou que desde o início da vida acadêmica, desenvolver o roteiro designado não foi uma tarefa fácil, tendo os graduandos experimentado muitas mudanças no script dos seus filmes pessoais e coletivos.
“Mesmo assim, assumiram os papéis devidos para cada momento e persistiram, mesmo perante as noites mal dormidas, a saudade da família de muitas e muitos de vocês, o pouco orçamento para o desenvolvimento dos seus papéis e ainda enfrentaram os desafios impostos por uma pandemia. Mas é sempre assim, desenvolver um filme não é fácil, requer planejamento, força de vontade, perseverança, humildade e respeito aos semelhantes”, enfatizou.
O discurso do pró-reitor de Graduação, professor Eli Brandão, também foi emocionante e se transformou em uma reflexão. Em sua fala, ele transmitiu uma mensagem de esperança e afirmou que a cerimônia de Colação de Grau se revestiu de vários significados, sendo um momento de prestação de contas da UEPB, de celebração e de novos desafios. Sobre a prestação de contas, ele lembrou que neste momento a Universidade materializa o objeto de trabalho dos professores e o esforço dos estudantes. Ele destacou que uma universidade pública representa o sonho dos trabalhadores. No caso da UEPB, ele recordou que 70% dos estudantes são egressos de escola pública e cerca de 90% de municípios da Paraíba.
“E essa Universidade tem praticamente, durante todos esses anos, conseguido colocar cerca de 45% a 48% de negros e pardos como profissionais formados. Tudo isso índica uma universidade pública inclusiva, e uma universidade por meio de seus processos democráticos, que consegue trazer uma diversidade importante para o desenvolvimento de nosso Estado”, destacou.
Marcante também foi o discurso da reitora da UEPB, professora Célia Regina Diniz. Ela começou o discurso recordando a criação do CCTS em 2010, quando muitos não acreditavam na realização daquele sonho e na permanência do Câmpus na cidade de Araruna. E lembrou que ao longo dos anos, o Câmpus se consolidou e formou dezenas de profissionais altamente qualificados. Célia Regina destacou ainda que a solenidade de Colação de Grau é um momento para celebrar o término de um importante ciclo iniciado quatro anos atrás. Ela enfatizou que a conclusão do curso foi uma meta traçada por todos, no entanto, a caminhada foi árdua, marcada por desafios, dificuldades, mas coroada com a realização.
“Hoje vocês estão celebrando a felicidade de ter alcançado esta meta. A colação de grau é um momento muito especial para vocês, para os seus familiares e para nós, professores e técnicos que fazemos a UEPB”, disse. A reitora fez ainda uma menção aos desafios surgidos com a pandemia que obrigou a Universidade a mudar a metodologia de transmissão do conhecimento e se reinventar, trabalhando de forma remota, o que também não foi fácil.
O ápice da cerimônia foi a conferência do Grau Acadêmico. A primeira a colar grau em nome da turma foi a formanda Aléxia Dágila Azevedo Gonçalves, do curso de Bacharelado em Engenharia Civil. Ela recebeu o Grau Acadêmico, conferido pelo professor Daniel Baracuy da Cunha Campos, coordenador do curso. Na sequência foi a vez da formanda Maria Wedna Soares de Souza, do curso de Licenciatura em Física, colar o Grau Acadêmico conferido pelo professor Valdecir Alves dos Santos Junior, coordenador do curso. Já o formando Arthur Araújo Galvão, do curso de Odontologia, recebeu o grau acadêmico, conferido pelo professor Sérgio Henrique Gonçalves de Carvalho, coordenador do curso.
Texto: Severino Lopes
Fotos: Paizinha Lemos
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