Comunicações orais concentram atividades do segundo dia do 26º Encontro de Iniciação Científica

Comunicações orais concentram atividades do segundo dia do 26º Encontro de Iniciação Científica
23 de outubro de 2019

O segundo dia de atividades do 26º Encontro de Iniciação Científica (ENIC) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) reservou sua programação para a apresentação dos trabalhos científicos inscritos nesta edição. A divulgação das pesquisas realizadas pelos alunos da Instituição neste último ano aconteceu na Central de Integração Acadêmica, no Câmpus de Bodocongó, durante a manhã desta quarta-feira (23), se estendeu pela tarde e será encerrada na manhã desta quinta-feira (24). Ao todo, 590 trabalhos estão sendo apresentados aos avaliadores internos, externos, professores e alunos da UEPB.

Contemplando todas as áreas de pesquisa existentes nos cursos de graduação da UEPB, o ENIC é uma possibilidade para a exposição de pesquisas que comprovam o engajamento da Universidade no desenvolvimento de investigações científicas para a solução de problemas enfrentados pela sociedade, no que diz respeito à atuação nas áreas de tecnologia, saúde e humanidades. A oportunidade em participar desse encontro foi valorizada pelo estudante do 8º período da Licenciatura em Física, Gubio Gomes de Lima que, pela segunda vez, apresentou um trabalho científico e destacou o quanto os participantes crescem em vivenciar esses momentos.

“Esta é a segunda vez que participo do ENIC e já considero que consegui avançar muito no desenvolvimento da pesquisa. Cada vez a gente aprende mais, ouve as sugestões dos avaliadores para que nosso trabalho cresça”, disse o estudante que apresentou uma proposta de modelagem matemática na compreensão dos conceitos físicos. Preocupado com o processo de ensino e aprendizagem, o aluno acredita que, com essa oportunidade de pesquisar ao longo da graduação, terá mais condições de contribuir com sua atividade de professor.

Já a estudante concluinte do curso de Ciências Biológicas, Louise Fernandes de Oliveira, que apresentou a pesquisa “Ácido salicílico como atenuador de estresse térmico e por déficit hídrico em feijão-caupi”, destacou que o investimento na pesquisa científica já na graduação é um incentivo a mais para os estudantes seguirem o viés científico após a conclusão do curso. “Até iniciar no projeto de pesquisa eu ainda não sabia bem qual área seguir. Agora, quero continuar na pesquisa para levar meus conhecimentos ao público”, disse a jovem que apresentou um trabalho na área de Fisiologia Vegetal, voltando para o desenvolvimento de atividades para pequenos produtores rurais.

O crescimento das pesquisas científicas na UEPB nos últimos anos foi um dos fatores mais comemorados pela professora Maria José Lima, pró-reitoria de Pós-Graduação da Instituição. Segundo ela, esse momento de apresentação das pesquisas é um dos pontos altos do ENIC, já que os alunos bolsistas e não-bolsistas expõem os resultados daquilo que foi pesquisado. “O que tem chamado mais atenção é a qualidade dos trabalhos apresentados. Desde a parte da pesquisa até a exposição do estudante. Os avaliadores têm acenado positivamente, o que nos deixa muito satisfeitos ao saber que a pesquisa está em plena acensão na UEPB”, disse Maria José.

A pesquisa apresentada pela estudante do 5º período do curso de Química Industrial, Ana Renata Mendes, pode servir como exemplo, dentre muitas, no que diz respeito à inovação científica, preocupação com a sociedade e formação profissional qualitativa. O “Estudo de viabilidade da incorporação da lama abrasiva de granito em bentonita para pelotização de minério de ferro” vem sendo pensado para contribuir a partir da viabilidade financeira, no que envolve o trabalho das indústrias, bem como se preocupa com a conservação do meio ambiente.

“Nossa preocupação é com a destinação correta e como podemos encontrar alternativas para os resíduos que estão presentes na lama abrasiva da argila. Avaliamos a caracterização química e físico-química, porque esse tipo de resíduo é muito agressivo. Dessa forma, nossa pesquisa tanto interessa às indústrias que trabalham com granito, por exemplo, como também para encontrar formas viáveis de preservação do meio ambiente”, destacou a estudante.

A professora da UEPB, Verônica Evangelista, uma das avaliadoras desta 26ª edição do ENIC, teceu elogios aos trabalhos que teve oportunidade de averiguar, já que, segundo ela, este momento é importante para que a Universidade apresente o quanto tem avançado em pesquisas importantes. “Encontrei aqui muitos trabalhos inovadores, vários com grande potencial de desenvolvimento, além das possibilidades de parcerias que podem ser firmadas com outras Instituições de pesquisa. O ENIC tem uma grande importância e oferece uma contribuição valiosa para que os alunos cresçam nessa perspectiva de pesquisa científica”, destacou.

Texto e fotos: Givaldo Cavalcanti