Consepe aprova PPC do curso de Especialização em Paleontologia e Conservação do Patrimônio
O Sertão paraibano se tornou um território propício para a exploração de atividades arqueológicas e paleontológicas, principalmente depois de recém descobertas de novos sítios arqueológicos. Diante desse cenário, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), aprovou, por unanimidade, nesta sexta-feira (21), em reunião realizada por videoconferência, transmitida pelo YouTube pelo canal Rede UEPB, o Projeto Pedagógico Curricular (PPC) do Curso de Especialização em Paleontologia e Conservação do Patrimônio.
Na reunião, presidida pela reitora Celia Regina Diniz, com a participação da vice-reitora, professora Ivonildes Fonseca, os conselheiros(as) conheceram detalhes do curso que será desenvolvido na cidade de Sousa, local onde se encontra o “Vale dos Dinossauros”. Antes da apresentação da pauta, a reitora Celia Regina deu posse aos novos(as) membros do Consepe, especialmente os(as) novos(as) pró-reitores(as) e pró-reitores(as) adjunto(as).
A proposta da Especialização foi oriunda da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (SECTI), tendo sido relatada pelo conselheiro Fábio Severiano do Nascimento. A Especialização Lato Sensu em Paleontologia e Conservação do Patrimônio é fruto de uma parceria entre a UEPB e SECTI, e vai funcionar na Unidade Acadêmica da Instituição, em Sousa. O curso será realizado pelo Departamento de História, tendo como coordenador o professor Juvandi de Souza Santos.
Em seu parecer, o professor Fábio Severiano do Nascimento detalhou aspectos da Especialização que não vai gerar gastos para a UEPB, visto que será financiada com recursos oriundos do tesouro do Estado, via Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESq). Para concorrer à Especialização, o(a) candidato(a) precisa ser graduado em História, Geografia, Biologia ou áreas afins. O curso terá uma carga horária de 520 horas, com previsão de início em março e término em maio de 2026. Na primeira turma, serão ofertadas 30 vagas.
Após a aprovação, a reitora Celia Regina destacou a relevância da Especialização e ressaltou que a iniciativa vai acontecer em um local estratégico da UEPB, no Sertão da Paraíba. A reitora enfatizou que a parceria da UEPB com a SECT, está cada vez mais fortalecida. “Essa parceria com Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação e Ensino Superior cada vez mais se fortalece. Quem ganha com isso é o nosso Estado da Paraíba. É a região de Sousa e o complexo científico do Sertão onde estamos dando a nossa parcela de contribuição”, destacou a reitora.
A vice-reitora Ivonildes Fonseca reconheceu o olhar da Secretaria em apoiar mais uma iniciativa importante e que vai atender uma demanda reprimida no Sertão o Estado. A Arqueologia hoje, segundo a vice-reitora, tem despertado paixão e fascínio em muitas pessoas. Ivonildes Fonseca lembrou ainda que a Arqueologia, hoje, tem uma ampliação do seu campo e as peças arqueológicas são distribuídas em várias modalidades. Ela também fez menção ao professor Juvandir, que segundo ela, tem contribuído para reescrever parte da história do Brasil.
O mesmo pensamento foi compartilhado pela pró-reitora adjunta de Pós-graduação, professora Melânia Nóbrega Pereira de Farias, que ressaltou que a proposta está totalmente alinhada com a Resolução 062/2017 que regulamenta o Latu Sensu na UEPB. A Especialização Lato Sensu em Paleontologia e Conservação do Patrimônio destina-se a graduados nas áreas de História, Geografia, Ciências Biológicas, Arqueologia, Turismo e outras formações afins, que tenham interesse em aprofundar seus conhecimentos sobre paleontologia e o processo de conservação do patrimônio material e cultural local.
Os(As) especialistas nessa área serão capazes de realizar pesquisas e estudos que promovam a valorização e a preservação dos sítios paleontológicos e do patrimônio cultural da região, além de desenvolver e implementar projetos voltados para o turismo científico, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Sertão paraibano.
De acordo com o professor Juvandi Santos, no Sertão paraibano existem áreas que nunca foram exploradas para atividades arqueológicas e paleontológicas. Os sítios recém descobertos fazem parte de uma quantidade muito grande de sítios paleontológicos que contém muitas marcas deixadas por animais do passado. Há quase 30 anos os pesquisadores do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB vêm realizando atividades de prospecção no território paraibano, e nos últimos anos vem se dedicando, em especial no Sertão do Estado.
Texto: Severino Lopes