Coordenadores de pós-graduações da área de Biodiversidade divulgam carta aberta sobre queimadas na Amazônia
A coordenação do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), junto com coordenadores de programas de pós-graduação na área de Biodiversidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal em Nível Superior (Capes), vem a público manifestar preocupação com o aumento das taxas de desmatamento e queimadas na Amazônia em 2019.
Em carta aberta publicada pela Coordenação da Área de Biodiversidade da Capes, apoiada por 139 dos 143 coordenadores de pós-graduações da área em todo o país, os pesquisadores enfatizam dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que mostram um aumento de 84% no número de focos de calor este ano na comparação com 2018, e destacam que o governo federal e os governos estaduais da região Norte e Centro-Oeste devem tomar atitudes eficientes no combate ao desmatamento.
Eles chamam atenção para a necessidade do governo rever medidas como as que reduziram os orçamentos do IBAMA e dos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, que fomentam atividades de pesquisa, educação ambiental, combatem os crimes ambientais e monitoram a biodiversidade e a floresta. Para os coordenadores, todos os fundos e dispositivos disponíveis devem ser mobilizados, especialmente o Fundo Amazônia, através de programas como o Prevfogo, do IBAMA, para solucionar o problema.
Na carta, os coordenadores frisam que “a Floresta Amazônica é um patrimônio natural da América do Sul, sendo o Brasil o principal país onde ela ocorre e deve ser protegida por toda a sociedade, pois é fundamental para a qualidade de vida da população e para as futuras gerações”. Eles ainda destacam que o Brasil tem uma rede de pesquisa em biodiversidade na Capes com 143 programas de pós-graduação, reconhecida internacionalmente e que forma profissionais qualificados para atuarem na área ambiental, e se colocam à disposição da sociedade para construir políticas públicas embasadas cientificamente em prol da Amazônia e de outros biomas brasileiros.
Confira a carta aberta na íntegra clicando AQUI.
Texto: Tatiana Brandão