Decom encerra seminário em comemoração aos 75 anos da TV brasileira destacando legado paraibano

O Departamento de Comunicação (Decom) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) encerrou, nesta sexta-feira (19), as atividades do seminário “75 anos da TV Brasileira”, em comemoração à data que deu início a uma nova era nos meios de informação e entretenimento no país. Desde a última quarta (17), alunos(as) e professores(as) seguem uma programação de palestras, exibição de vídeos, debates e reflexões a respeito da história e avanços referentes à TV brasileira.

Durante a manhã, o público assistiu à palestra “TV Nordestina: uma emissora local de dimensão regional”, com o radialista e diretor da TV Nordestina, Abílio José, e um aprofundamento histórico sobre “A Televisão no Nordeste”, com o jornalista e historiador Gilson Souto Maior.

A chegada a TV ao Brasil, de forma comercial, em 18 de setembro de 1950, ainda na TV Tupi, em São Paulo, reflete orgulho para muitos paraibanos, como bem explicou em sua fala o professor Rômulo Azevedo, coordenador geral do evento e idealizador da proposta.

“A televisão brasileira nasceu da ousadia e da teimosia do paraibano Assis Chateaubriand. Em 1950, o país ainda não tinha condições de público para esse meio, mas, mesmo assim, tornou-se o nono do mundo a implantar a TV. Mais de sete décadas depois, o Brasil se destaca internacionalmente pela qualidade e produção de conteúdo, sendo reconhecido como uma das quatro melhores televisões do mundo”, sintetizou em sua exposição.

Segundo o professor de Jornalismo Rostand Melo, ao celebrar os 75 anos da TV no Brasil, também se comemora o protagonismo de personagens paraibanos nessa história. Além de Assis Chateaubriand, empresário responsável por trazer a TV ao país, ele citou nomes como Péricles Leal, um pioneiro na teledramaturgia brasileira, que foi homenageado durante a programação do evento, além dos também convidados, Abílio José, Gilson Souto Maior e o próprio Rômulo Azevedo, todos profissionais com longa trajetória dedicada ao telejornalismo e à televisão na Paraíba.

A participação ativa dos(as) estudantes do curso de Jornalismo também foi ressaltada. “É muito gratificante ver a adesão dos alunos que já estão em um outro momento, pois a TV vive transformações na área do streaming, uma expectativa da chegada da TV 3.0 e evoluções na TV digital. Contudo, estudantes do curso de Jornalismo e de outros cursos da UEPB ainda têm demonstrado interesse em pensar não só no resgate da história da TV, mas pensar o futuro da comunicação no Brasil”, acrescentou Rostand.

O evento, acontece desde quarta-feira (17), ainda contou com a presença da jornalista Jô Mazzarolo, com larga biografia na TV brasileira, tendo trabalhado na TV Bandeirantes, na RBS e na Rede Globo, onde editou o Jornal Hoje e produziu o Jornal da Globo e o Jornal Nacional. Ela, que lembrou que já esteve na UEPB há mais de 20 anos, a convite do saudoso professor Luiz Custódio, trouxe suas contribuições e experiências sobre os desafios de fazer telejornalismo ao longo dos anos.

Os dois primeiros dias do seminário tiveram transmissão ao vivo pelo Rede UEPB, no Youtube. E podem ser conferidos neste link (abertura) e neste (segundo dia).

Texto e fotos: Giuliana Rodrigues