Democracia e homenagens marcam solenidade de Colação de Grau dos câmpus de Campina Grande e Lagoa Seca
Mais de 800 profissionais estão, a partir de agora, aptos a entrar no mercado de trabalho formados pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Na tarde desta sexta-feira (26), a Colação de Grau dos câmpus I e II contou com a participação de estudantes de seis Centros de Ensino, seus amigos e familiares. A solenidade assinalou oficialmente o fim do semestre 2022.1 na Instituição, encerrou a semana de colações de seus oito câmpus e foi marcada por alegrias, comemorações, homenagens, saudades, emoções, saudações democráticas e até ritmo de forró.
O evento aconteceu de forma híbrida. Ao todo, foram 876 formandos colando grau, incluindo os 521 que estiveram presencialmente na Central de Integração Acadêmica Paulo Freire, no Câmpus de Bodocongó, em Campina Grande. Os demais, assistiram à cerimônia virtualmente. Os formandos eram dos cursos pertencentes ao Centro de Ciência e Tecnologia (CCT), Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Centro de Educação (CEDUC), Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) e Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) – todos do Câmpus I. Do Câmpus II, em Lagoa Seca, estavam formandos do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA). A colação de grau se estendeu ainda ao curso de Gestão Pública, via ensino a distância.
A celebração começou com o Hino Nacional Brasileiro sendo executado por um trio de professores do Centro Artístico Cultural (CAC), na sanfona, zabumba e voz. Juntos, entoaram um hino nacional em ritmo nordestino. Em seguida, os formandos fizeram o tradicional juramento, prometendo exercer suas atividades profissionais de forma ética e digna. O formando João Freires da Silva Filho, do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental, foi o escolhido para ler o juramento, replicado pelos estudantes do CCT e CCBS. E Caio César Dutra Lira, do curso de Direito, conduziu o juramento às turmas do CCJ, CCSA, CEDUC e CCAA. O orador das turmas foi o concluinte do curso de Jornalismo, Arnaldo Luís dos Santos Neto.
Seguiram-se as homenagens que a UEPB decidiu fazer em memória dos docentes da Instituição que perderam suas vidas vítimas da covid-19. Os tributos prestados a Rosilda Alves Bezerra, Elialdo Andriola Machado e Carlos Belarmino foram recebidos por Carlos Negreiros, Elisangela Cristina e Auricelia Belarmino, respectivamente esposo, irmã e esposa dos professores homenageados. Estes formaram a mesa da solenidade, juntamente a reitora, professora Celia Regina Diniz, pró-reitores e diretores de Centro.
“Numa ocasião como esta, é preciso lembrar: recursos financeiros aplicados na educação não são gastos indevidos, mas investimentos. Desde o século passado, a sociedade brasileira decidiu fazer investimentos na Educação Superior com a criação de universidades públicas, gratuitas, de qualidade acadêmica e compromisso social para a capacitação profissional e ética de jovens e adultos. Cotidianamente, discursos e ações de ódio e violência se espalham pelo Brasil e pelo mundo. Chegamos a tal ponto que contemplamos um verdadeiro culto à estupidez como virtude, negacionismo da ciência, falácias e ações que ameaçam o meio ambiente, ataques às instituições republicanas e democráticas e às universidades públicas”. Este é um breve apanhado das sábias e sensatas palavras do professor Eli Brandão, pró-reitor de Graduação, proferidas em seu discurso, que foi aplaudido de pé por uma plateia lotada.
Depois, a professora Nicia Stelita da Cruz Soares, diretora do CCBS, conferiu o grau acadêmico ao concluinte Marcelo de Souza Assis, do curso de Ciências Biológicas, que o recebeu em nome de todos os formandos do Centro. Joyce Mikaela das Mercês Aciole, do curso de Computação, recebeu o grau acadêmico em nome de todos os formandos do CCT das mãos da diretora deste Centro, professora Maria Isabelle Silva Dias Yanes.
O professor Laplace Guedes, diretor do CCJ, conferiu o grau acadêmico a Rafaelle Beatriz Soares Pereira, que o recebeu em nome de todos os concluintes do curso de Direito. O diretor do CCSA, professor Geraldo Medeiros Junior, conferiu o grau acadêmico simbolicamente a todos os concluintes do Centro, recebido por André Luís Barbosa de Oliveira Junior.
José Arlindo de Aguiar Filho, diretor do CEDUC, conferiu o grau acadêmico a Rivaldo Ferreira da Silva, concluinte do curso de Letras, que se estendeu a todos os formandos do Centro. Sendo o mais velho da turma, José Nivaldo Mangueira de Assis, acompanhado de seu neto, foi bastante aplaudido ao receber o grau acadêmico em nome de todo o CCAA das mãos do diretor deste Centro, professor José Félix de Brito Neto.
Em sua fala final, a reitora Celia Regina prestou homenagem mais uma vez aos professores que se foram vítimas da pandemia, bem como apresentou solidariedade aos ex-alunos e familiares dos professores José Tavares de Sousa, do CCT, e José Cavalcante da Silva, docente aposentado do CCBS, ambos falecidos este ano. Além dos docentes e servidores, a reitora lembrou do trabalho indispensável dos profissionais da limpeza, da vigilância, cópias e cantinas, trabalhadores que cotidianamente também contribuem para a formação dos alunos e manutenção da Universidade. A professora Celia afirmou que os formandos vão deixar saudade, e desejou que voltem como estudantes de pós-graduação, servidores técnicos administrativos ou docentes. Preconizou ainda que os estudantes e novos profissionais defendam a democracia, o estado democrático de direito e a ciência.
Antes, assim encerrou sua fala o professor Eli Brandão: “Independência, República, Democracia, Justiça e Paz! É um grito que precisa ser dado por cada um de nós e por todos nós, todos os dias. Vivam os livros em lugar de armas! A Educação é a arma mais potente para combater a barbárie e a estupidez”. Foram discursos e desejos que definem o presente do país, contendo palavras que marcaram a semana. Assim encerrou-se mais um ciclo de solenidades, um fim que sinaliza um recomeço na vida dos novos profissionais que a UEPB oferece ao mercado de trabalho.
Texto: Juliana Rosas
Fotos: Paizinha Lemos
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