Diários na Aldeia: professor indígena da UEPB lança livro de crônicas inspiradas nas vivências como potiguara
Como um recorte da diversidade que compõe a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), o professor do Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas (CCBSA), José Irineu de França Neto, realizou, recentemente, o lançamento do livro de crônicas “Diários na Aldeia”. Indígena Potiguara, multiartista e xamã, o docente apresenta esse romance de auto-ficção a partir das vivências e reflexões sobre temáticas como o amor e a sua natureza; vida e morte; a arte; e a natureza em si, com uma reflexão sobre a preservação das culturas tradicionais do país, mas também sobre a preservação de todo o planeta.
O livro (disponível neste link) foi lançado no Câmpus V, em João Pessoa, dia 29 de outubro, durante uma atividade do Projeto de Extensão “Direitos Humanos, Culturas e Bem Viver dos Povos Indígenas em contextos urbanos”, que dialoga com a Disciplina Linguagens e Culturas dos Povos Indígenas, que o docente ministra no Núcleo de Línguas; e no dia 1º de novembro em Espírito Santo do Pinhal, São Paulo, durante a Semana Edgar Cavalheiro de Literatura, no Teatro Avenida.
“Escrevo estas linhas em busca de uma escrita literária. O texto se assemelha a um diário cronístico, no qual situo o lugar de onde escrevo, principalmente de aldeias de meu povo indígena Potiguara, onde resido e trabalho, mas também de João Pessoa, onde também resido e trabalho, além de outros lugares de minha peregrinação da existência, que não são necessariamente aldeias. Entretanto, são lugares que fazem parte da grande aldeia planetária em que todos(as) nós vivemos – Pacha Mama, nossa Mãe Terra… Por isso, em todas as minhas andanças, crio relações fraternas e amistosas, simbolizando laços comunitários de aldeamentos múltiplos”, declara João Irineu.
Doutor em Linguística pela UFPB, pós-doutor em Dialetologia pela Universidade de Lisboa, pesquisador das Culturas Populares e Cultura Indígena, Psicólogo Clínico e Social, escritor, poeta, ator, João Irineu atua na área de Linguagem, Cultura e Literatura Popular.
Texto: Juliana Marques
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