Dobradinha literária: Museu de Arte Popular da Paraíba recebe duplo lançamento de livros, nesta terça-feira (5)
Nesta terça-feira (5), às 20h, o Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande, receberá um duplo lançamento. Trata-se dos livros “É caminhando que se faz o caminho” e “Jogados ao Mar”. O primeiro é de Thélio Farias, atual presidente da Academia de Letras de Campina Grande (ALCG) e, o segundo, de Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação e ex-senador.
Conforme Thélio, o evento terá a participação de membros da ALCG e da Academia Paraibana de Letras (APL), professores, estudantes e todos aqueles interessados nas temáticas abordadas pelas publicações. Encaixando-se no gênero crônica/literatura de viagem, “É caminhando que se faz o caminho” (2022) sai pela Editora Jaguatirica e dispõe de 208 páginas. “O poeta Mário Quintana falava que viajar é trocar a roupa da alma. Então o livro, discorrendo acerca de lugares, destaca o mais importante, as emoções, o conhecer e conviver com as pessoas no decorrer dessa trajetória”, explicou. A obra já foi lançada no Festival Literário Internacional de Óbidos (Fólio – Portugal) e na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip – Rio de Janeiro.)
Já “Jogados ao Mar” (2024) é proveniente da Editora Lacre e conta com 192 páginas. Elaborada no campo da ficção, a obra traz elementos de suspense e mistério, tendo como propósito maior promover uma reflexão sobre a evasão escolar. O enredo parte do desaparecimento de um aluno e das investigações empreendidas na busca por seu paradeiro – vivo ou morto. Nesse cenário, cruzam-se conflitos como o de um repórter que acompanha o caso e um delegado – tudo perpassado pela necessidade de pensar nos efeitos deletérios da falta de qualidade de ensino, em total assimetria com os anseios das crianças e jovens, para o futuro. Desse modo, o narrador da história convida também os leitores a pensar a respeito do que desejam para as próximas gerações e o que querem para o País.
Não por acaso, na capa da publicação, a palavra “ficção” é redigida como “f?cção”. Com isso, de acordo com Cristovam, a ideia é mostrar que o livro figura mais próximo da realidade brasileira do que propriamente no âmbito das narrativas imaginárias. Além disso, como apontado pelo escritor, que se autodenomina um “militante da causa educacional”, o título do livro é uma maneira de dizer “fora da escola”, já que estar fora da escola é o mesmo que estar jogado ao mar.
Mais sobre os autores
Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque nasceu no Recife (PE), em 1944. Na cidade natal, estudou engenharia mecânica, e fez doutorado em Economia na Sorbonne, em Paris. Escreveu mais de 20 livros, tendo recebido, inclusive, o Prêmio Jabuti. Em 1979, passou a lecionar economia na Universidade de Brasília (UnB) e se tornou o primeiro reitor eleito da instituição, de 1985 a 1989. Em 2002, elegeu-se para uma cadeira no Senado. Em 2003, foi nomeado ministro da Educação, cargo do qual saiu um ano depois. Concorreu à Presidência da República em 2006. Foi reeleito nas eleições de 2010 para o Senado, pelo Distrito Federal, com mandato até fevereiro de 2019.
Thélio Queiroz Farias é advogado e nasceu em 1974, em Campina. É formado pela UEPB e possui especialização em Direito Civil pela Humboldt-Universitätzu Berlin (Alemanha). Fez parte da Comissão de Estudos Constitucionais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), presidiu a Comissão de Estudos de Filosofia e Literatura no Direito da OAB/PB e é membro da Confraria dos Bibliófilos do Brasil (CBB); da União Brasileira dos Escritores (UBE); do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri Paraibano (IHGCA); do Instituto Histórico e Geográfico de Serra Branca (PB); e da APL. Ocupa, igualmente, a cadeira de Pedro Américo de Figueiredo e Melo, no Instituto Histórico e Geográfico de Areia (IHGA).
Texto: Oziella Inocêncio
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