Encontro de Apicultura e Meliponicultura do Semiárido Paraibano acontece no Câmpus de Catolé do Rocha

15 de maio de 2024

Você provavelmente já ouviu o nome apicultura, mas sabe o que é? E sabe o que significa meliponicultura? Interessados em mel talvez saibam. O Câmpus IV da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) sediará o Encontro de Apicultura e Meliponicultura do Semiárido Paraibano, que acontecerá nos dias 24 e 25 de maio, em Catolé do Rocha. A programação terá palestras e minicursos com conteúdos teóricos e práticos. O evento é voltado tanto para estudantes e pesquisadores, como para apicultores e empresários da área apícola.

A primeira palestra do evento será sobre a “Rota do mel”, ministrada pela professora Kátia Gramacho, às 09h30, no dia 24 de maio. Gramacho é docente da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), sediada em Mossoró (RN), onde lidera o grupo de pesquisa reconhecido pelo CNPQ, Núcleo de Pesquisas Apícolas e Tecnológicas sobre Abelhas do Semiarido (NECTAS), e coordena o Núcleo de Capacitação Tecnológica em Apicultura (NCTA) da instituição.

Ainda é professora no Programa de Pós-graduação em Produção Animal e contribui ativamente para o programa Ciência Animal. Com vasta experiência na apicultura e estudos sobre abelhas, sua dedicação e conhecimento enriquecem o campo da pesquisa e da formação acadêmica.

A segunda palestra também ocorre no mesmo dia, às 11h, com o tema “A meliponicultura no seminárido paraibano”, tendo Kayo Clementino como convidado. Ele é técnico de campo e também instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural da Paraíba (Senar-PB). Atua há alguns anos na cadeia produtiva de apicultura como assistente técnico e gerencial aos apicultores de Catolé do Rocha, é zootecnista e criador de abelhas sem-ferrão.

Os minicursos oferecidos são: Técnicas analíticas e controle de qualidade do mel, Produção de hidromel, Produtos panificáveis com adição de mel, e Identificação de colmeias mais produtivas.

A organização do evento é uma parceria entre a UEPB e a Universidade Federais da Paraíba (UFPB) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). O Encontro de Apicultura e Meliponicultura também tem apoio da Cooperativa dos Apicultores de Catolé do Rocha (Cooapil) e Prefeitura Municipal de Catolé do Rocha.

Minicursos
“Técnicas analíticas e controle de qualidade do mel” será ministrado pela nutricionista e mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pelo Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFPB, Jéssica Carvalho. Irá abordar também a legislação sobre a qualidade deste alimento.

“Identificação de colmeias mais produtivas” tem como ministrante zootecnista, mestranda do Programação de Pós-graduação em Sistemas Agroindustriais da UFCG e Técnica de Campo do Senar-PB, Júlia Leitão, que mostrará técnicas mais avançadas para selecionar colmeias.

“Produtos panificáveis com adição de mel” será ministrado pela engenheira de alimentos Deyse Alves, formada pela UFPB, atualmente mestranda do Programa de Pós graduação em Ciência e Tecnologia, com pesquisa voltada ao mel e aplicações tecnológicas. É também Técnica de Campo do Senar/Cooperar acompanhando os apicultures da Cooapil.

A engenheira de alimentos Larissa Pinheiro e o graduando do mesmo curso, Leandro Pereira, ambos da UFCG, campus Pombal, são atuantes nas áreas de análises e controle da qualidade de alimentos, inovações, desenvolvimento de novos produtos, produção de bebidas fermentadas e destiladas alcoólicas e não alcoólicas. Eles vão ministrar o minicurso “Produção de Hidromel”.

Sede
Catolé do Rocha foi escolhida para sediar o evento pelo grande crescimento da apicultura e meliponicultura da região. Segundo informações do Projeto Cooperar do Governo do Estado, o município é atualmente o maior produtor de mel da Paraíba, com capacidade produtiva de aproximadamente 200 toneladas de mel ao ano, concentrando um grande número de apicultores.

Na cidade, está localizada a Cooapil, com entreposto de beneficiamento certificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Selo de Inspeção Federal – SIF) onde os cooperados recebem incentivos governamentais, assistência técnica e gerencial/extensão rural e parcerias com universidades federais e estadual (UEPB, UFCG e UFPB) para realização de estudos com o mel, sendo modelo para todo o Estado.

Apicultura e Meliponicultura
Sabia que existem duas classificações diferentes para a atividade de produção de abelhas e seus derivados? Pois é. Por mais que a tendência seja generalizar como apicultura, nem sempre este é o termo correto. Também há a meliponicultura.

De modo simples, apicultura é a atividade de criação de espécies de abelhas do gênero Apis para fins de produção de mel, pólen apícola, própolis, cera de abelhas, geleia real e apitoxina ou para serviços de polinização. As abelhas desse gênero possuem ferrão desenvolvido. Meliponicultura é a atividade de criação de espécies de abelhas sem ferrão, também conhecidas como abelhas indígenas, abelhas nativas ou meliponíneos.

As inscrições para o Encontro de Apicultura e Meliponicultura do Semiárido Paraibano seguem até 18 de maio. Mais informações sobre o evento neste link.

Texto: Juliana Rosas