Encontro Inter-PET-Saúde encerra atividades da gestão 2022-2023 na Universidade Estadual da Paraíba

Nesta quinta-feira (27), o Encontro Inter-PET-Saúde da Paraíba começou seu segundo e último dia com apresentações culturais no Auditório do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande. O encontro encerrou as atividades do último edital, PET-Saúde: gestão e assistência e objetivou fortalecer a relação ensino-serviço-comunidade no cenário do Sistema Único de Saúde do estado.

O evento foi uma realização dos projetos vinculados ao Programa PET-Saúde da UEPB, dos câmpus de Campina Grande e Cuité da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O público-alvo foram os integrantes dos PET-Saúde: gestão e assistência 2022-2023. A organização do evento foi composta pelas professoras Dóris Nóbrega de Andrade Laurentino, da UEPB; Luzibênia Leal, da UFCG; Gracielle Malheiro dos Santos, da UFCG; e Simone Bezerra Alves, da UFPB.

A professora Luzibênia explicou que a ideia do evento surgiu após um encontro dos PET’s em Brasília. As coordenadoras perceberam que havia quatro programas PET-Saúde na Paraíba, mas que não mantinham contato entre si. “Então resolvemos fazer esse encontro, para o encerramento da vigência, que vai até dia 31 de julho, e para partilhar nossas experiências”, disse a docente.

No encontro virtual da quarta-feira (26), houve presença das gestões de cada instituição e ainda de integrante do Ministério da Saúde que está à frente do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde). A quinta-feira (27) foi reservada a atividades presenciais. Começou com um acolhimento aos participantes com café da manhã e apresentações culturais, com participação da banda de pífanos e grupo de xaxado do Centro Municipal de Convivência do Idoso (CMCI). O grupo de xaxado é coordenado pela professora Márcia Margarida. A manhã seguiu com divisão de grupos de trabalho, apresentação das experiências dos Pet’s-saúde da Paraíba, seguindo à tarde com o resumo do que foi discutido nos GT’s da manhã.

“A essência do PET-Saúde é trabalhar a tríade ensino, serviço, comunidade, o que é muito bom, pois muitas vezes os grupos trabalham só com pesquisa, extensão ou ensino separadamente e o PET agrega tudo. E tudo isso tendo a comunidade como protagonista. De experiência exitosa, começamos por essa mistura de saberes, pois trabalhamos com várias profissões, entendemos melhor o que a outra profissão faz. A gente desenvolve pesquisa, vivencia experiências e trabalha na comunidade a partir das demandas que a comunidade tem”, comentou Luzibênia Leal.

Ela disse ainda que experiências do PET nesta última gestão incluem questões como controle social, educação popular em saúde e doenças consideradas negligenciadas. “Trabalhamos com consultório na rua, trazendo atendimento para os viventes de rua, algo que em geral não é estudado na academia. É uma vivência única e emocionante para todos os que participaram”, relatou a docente.

O PET-Saúde integra a agenda dos recursos humanos em saúde do Brasil há mais de 10 anos. O programa visa contribuir com a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) para formação e desenvolvimento de trabalhadores do SUS. Tem como premissa a qualificação da integração do ensino com a realidade dos serviços de saúde, aprimorando, na prática, as competências dos profissionais da saúde, dos docentes das universidades, bem como dos estudantes dos cursos de graduação na área da saúde. Um novo edital foi anunciado pela representante do Ministério da Saúde na reunião do primeiro dia do evento. Deverá ser lançado ainda neste semestre e terá uma nova temática: PET Equidade.

Texto e fotos: Juliana Rosas