Evento no Câmpus V reforça a importância de dispositivos legais e programas para prevenção da violência de gênero
O componente curricular “Direitos Humanos”, do bacharelado em Relações Internacionais da Universidade Estadual das Paraíba (UEPB), realizou, na manhã desta quarta-feira (26), no auditório Pioneiros, uma mesa de diálogo e a palestra com o tema “A igualdade de gênero e o reflexo das decisões de órgãos políticos internacionais”. O evento, realizado em alusão ao Dia Internacional da Mulher, contou com a abertura da Banda da Polícia Militar.
Na oportunidade, a coordenadora estadual do Programa de Combate à Violência contra a Mulher, “Antes que aconteça”, Camila Mariz Ribeiro fez uma apresentação do referido dispositivo que, segundo ela, funciona reforçando a rede de apoio já existente no combate à violência doméstica contra a mulher. “Quando a academia e as instituições públicas se unem com esse compromisso que estabelecemos por meio deste Programa o fruto é muito positivo. Acreditamos que o que há de fundamental é a educação, então a gente acredita nessa parceria, na importância dessa construção. O 8 de março passou, mas, as mobilizações acabaram sendo no mês de março inteiro, com uma celebração do direito da mulher de estar em todos os espaços, conforme a escolha dela. Estamos, enquanto Programa, atuando em todas as linhas do ciclo de violência para que não se chegue ao grau mais alto que é o feminicídio”, declara Camila.
A mestranda em Direito, do Programa de Pós-graduação em Direito, da Universidade de Brasília e servidora do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba que foi a palestrante do evento, Ana Cristina Barbosa Guedes, apresentou os reflexos normativos de órgãos políticos internacionais na questão da igualdade de gênero no Brasil.
“Tivemos duas decisões importantes, condenações de cortes internacionais sobre violações a direitos humanos no Brasil relacionadas a direitos das mulheres que são direitos tutelados que fazem parte de um dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, tamanha a importância da questão da violência de gênero que foi tutelado esses dois casos foram julgados pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos. E tivemos a adoção da Maria da Penha e do Protocolo de Julgamentos de Questões de Gênero que refletiu positivamente na sociedade, na tutela do Direito das Mulheres na Prevenção e erradicação da violência de gênero”, explica Ana Cristina.
Na ocasião, a bibliotecária Ana Lúcia Leite apresentou um relato sobre como as dificuldades de ser mulher com deficiência no Brasil. As docentes Andrea Xavier e Sônia Maria Assis e a discente Marina Ribeiro, que também compuseram a mesa de debate também dialogaram com a temática do evento, reforçando o papel de cada uma na luta contra as diversas formas de violência. O professor Cleber Salimon reforçou a necessidade dos homens se engajarem dessa causa e desconstruírem comportamentos nocivos à sociedade.
Ao avaliar o evento, a organizadora e professora do curso de Relações Internacionais, Adriana Torres, destacou que essa iniciativa, em alusão ao 8 de março, cumpriu a missão de informar e promover a educação acerca da temática de gênero e seus desdobramentos. “A apresentação do projeto ‘Antes que aconteça’, a palestra e as falas das componentes das mesas temáticas oportunizaram a troca de experiências articulando teoria e prática para a plateia para fomentar transformações”, disse.
Texto e fotos: Juliana Marques
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